Música + Cinema; Três documentários... Três bandas



Música + Cinema; Três documentários... Três bandas

Documentários são sensacionais. Ponto. É a história contada realisticamente, porém, sempre, obviamente, com um ponto de vista. E documentários sobre musica, pra mim, são sempre mágicos. E aqui estão três exemplares deles.




"Rush - Beyond The Lighted Stage" (de Sun Dunn e Scott McFayden, 2010)

 Há algum tempo atrás, li uma resenha sobre esse documentário escrita pelo André Barscisky e seu blog onde ele conseguiu resumir exatamente o lado legal desse filme; O Rush, banda que sempre foi esculhambada pelos críticos, fez um documentário tentanto provar o quão cool eles eram. Só que na cena final, onde vemos a banda tocando para uma platéia lotada e entusiasmada quase 35 anos depois de terem começado, o cenário o palco eram vários fornos para assar frango (?!?!?!). Ou mais conhecidos como "Televisão de Cachorro". Mesmo quando a moda era ser meio brega, o Rush conseguia ser além do brega. Fez discos com duas faixas, cada uma ocupando um lado do vinil e experimentou com todo o tipo de quinquilharia pop-eletrônica por algum reconhecimento artístico que nunca veio. É claro que há vários fãs famosos dando sua contribuição no filme; Gente como Billy Corgan (Smashing Pumpkins), Jack Black e Gene Simmons fazem coro pra mostrar que o Rush é foda. Em um mundo certinho e educado, eles até podem ter sido uma grande banda de música, mas nunca de Rock'N'Roll. Pra mim, vendo os fãs nos shows, só conseguia rir e lembrar do filme "Eu Te Amo, Cara!", onde dois nerds solitários fazem uma amizade e descobrem o que tem em comum; São fãs de Rush.

Agora, o fato de eu ter adorado um documentário falando sobre uma banda que eu não gosto, já diz muito sobre a qualidade do filme. Fora que os caras são muito gente boa né...



"Pearl Jam - Twenty" (de Cameron Crowe, 2011)

 O Pearl Jam também ganhou um documentário, especialmente feito por Cameron Crowe ("Singles", "Quase Famosos") em comemoração aos vinte anos do lançamento do primeiro álbum, "Ten", de 1991. Eu gostava muito da banda nos primeiros anos. Mas fui abandonando a banda conforme os anos passaram. Especialmente porque a voz de Eddie Vedder parecia sair de todos os lugares, só que não eram eles cantando; Matchbox Twenty, Creed, Nickelback... Parecia que todas as bandas ruins do Rock copiavam o PJ e isso foi me dando um bode. Fora que os fãs são ainda mais chatos. Em sua grande maioria, não gostam de Rock. São os mesmos caras que encaram um abadá no carnaval, então, não era mais a minha.

Só que esse documentário bota as coisas nos devidos lugares; O Pearl Jam se tornou sim uma grande banda de rock, independentemente dos fãs e das influências que eles exerceram com o passar dos anos. Até ouvi "Black" pra me lembrar do disco... Me mostrou que a banda não se curvou, se manteve junto, fiel ao seu som e criou o seu próprio universo. Vai sim ficar na história.









"The Rolling Stones In Exile" (de Stephen Kijak, 2010)


O filme é praticamente uma gravação de áudio com entrevistas e out takes das canções sobrepostas a imagens e filmagens da época, quando os Stones se exilaram no sul da França para fugir dos impostos britânicos e acabaram criando um dos maiores álbuns de todos os tempos, que apesar de celebrado aqui, é totalmente desmistificado. Um daqueles momentos mágicos na música que mesmo quando tudo parece ir pro lado errado, no final, se acerta.




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