Desconstruindo o Pop! Discos de 2011
01. 'Let England Shake', PJ Harvey
“O Ocidente dorme, deixe a Inglaterra tremer, pesada com mortos silenciosos”. É com esses versos que PJ Harvey abre o seu Let England Shake, um dos discos de maior destaque em 2011. Como o choro de alguém que ama sua terra e não se conforma com sua atual condição, a cantora reúne suas diversas referências para criar uma obra sem fronteiras.
02. 'Strange Mercy', St. Vincent
Em seu terceiro álbum, Annie Clark quebra seu próprio caminho, se apoiando em uma limpidez instrumental, mesmo quando entope as guitarras de efeitos, bem como letras que vagam entre o irônico e o intimista. Sempre ambientadas dentro de um universo peculiar. Uma estranha misericórdia que hipnotiza.
03. 'Bon Iver', Bon Iver
A voz de Vernon soa magnificente junto aos violões, mas fica ainda melhor quando supõe que o vocalista está perdido em uma selva de desilusões complexas. Em alguns momentos, ele se fixa a pensar próximo à lareira de uma casa de campo pensando nos feriados (“Holocene”) ou remonta a imagens tórridas como ‘cruzar os seios‘ ou um cachorro da raça pincher com a pele para dentro em “Calgary”.
04. 'El Camino', The Black Keys
El Camino, consolida o estouro de popularidade que a banda vinha aos poucos ensaiando.
05. 'Skying', The Horrors
Skying traz uma evolução natural daquela nova sonoridade. A influência de artistas ingleses como Bauhaus e Joy Division continua palpável, resgatando os melhores elementos destes por meio de uma elegante combinação de guitarras e sintetizadores, mas com algumas diferenças fundamentais.
06. 'Metals', Feist
A canadense Feist orquestrou doze lindas faixas para seu quarto álbum, Metals. O trabalho em cada canção consegue parecer ao mesmo tempo refinado e artesanal, como se cada nota tivesse sido delicadamente moldada por suas mãos e até a audição mais desatenta consegue perceber o alto nível de qualidade na obra.
07. 'Helplessness Blues', Fleet Foxes
Além de dar vazão à sonoridade já conhecida do grupo temos ainda pequenas inclusões de melodias quebradas, abordando uma face mais experimentalista do grupo, assim com o uso de um trompete desconstruído, mudanças de ritmos assertivas e o uso massificado de texturas e pequenos complementos.
08. 'The Whole Love', Wilco
O Wilco de hoje da banda de outrora, a constante alternância de fórmulas instrumentais dentro do disco mantém o trabalho constantemente atualizado e tomado de ineditismos. Embora se revele como um registro instável e que se volta para diversas direções em suas primeiras audições, à medida que vamos nos aprofundando nas 12 faixas do disco mais vamos compreendendo sua totalidade e a união entre as canções, traduzindo The Whole Love em mais um belo tratado musical da banda.
09. 'Nine Types of Light', TV on the Radio
O Wilco de hoje da banda de outrora, a constante alternância de fórmulas instrumentais dentro do disco mantém o trabalho constantemente atualizado e tomado de ineditismos. Embora se revele como um registro instável e que se volta para diversas direções em suas primeiras audições, à medida que vamos nos aprofundando nas 12 faixas do disco mais vamos compreendendo sua totalidade e a união entre as canções, traduzindo The Whole Love em mais um belo tratado musical da banda.
10. 'Smoke Ring for my Halo', Kurt Vile
Smoke Ring For My Halo mostra ao longo de seus 46 minutos o quanto é um trabalho bem resolvido e direcionado. O amadorismo dos anteriores registros de Kurt Vile de forma alguma devem ser esquecidos, porém encarar o músico como um ainda principiante seria um erro. Vile não é mais um músico em inicio de carreira, destilando sons psicodélicos por meio de gravações simplistas em seu quarto, feito que fica mais do que esclarecido com esse novo e belo álbum.
Menções honrosas
The King of Limbs
|
Radiohead
|
The English Riviera
|
Metronomy
|
James Blake
|
James Blake
|
Wounded Rhymes
|
Lykke Li
|
Biophilia
|
Björk
|
No Time for Dreaming
|
Charles Bradley
|
Blood Pressure
|
The Kills
|
Smother
|
Wild Beasts
|
Slave Ambient
|
The War on Drugs
|
Nó na Orelha
|
Criolo
|
Comentários
Postar um comentário