Eu Vi... "Cidade de Deus" de Fernando Meirelles (2002)
Eu Vi... "Cidade de Deus" de Fernando Meirelles (2002)
Existe várias formas de nós encararmos 'Cidade De Deus'; Um relato, um testemunho, uma revolução, um martírio, um oportunismo.
UM PUTA FILME...
Sim, quer queiram ou não, o filme é tudo isso, de bom e de ruim, de acertos e tropeços. Transforma o drama de uma chaga aberta no Brasil há anos em um veículo videocliptíco das mazelas, das bondades, das vidas incomuns, como a de uma pessoa que nasceu presa na sua própria incapacidade de melhorar, e nas histórias cotidianas de quem só quer ser alguém na vida.
O ritmo dita a sua emoção. No começo, com todo tipo de escudo preparado para vermos um filme violento e sério, somos jogados á uma história leve, romântica, por demais engraçada ás vezes. Quando nos acostumamos com esse ritmo, vemos aquela pobre criança ranhenta implorando pelo o que não conhece. Vemos a vida do comparsa do vilão ser tirada só por ele ser pentelho (e como era...). Onde está a risada agora?
Sim, quer queiram ou não, o filme é tudo isso, de bom e de ruim, de acertos e tropeços. Transforma o drama de uma chaga aberta no Brasil há anos em um veículo videocliptíco das mazelas, das bondades, das vidas incomuns, como a de uma pessoa que nasceu presa na sua própria incapacidade de melhorar, e nas histórias cotidianas de quem só quer ser alguém na vida.
O ritmo dita a sua emoção. No começo, com todo tipo de escudo preparado para vermos um filme violento e sério, somos jogados á uma história leve, romântica, por demais engraçada ás vezes. Quando nos acostumamos com esse ritmo, vemos aquela pobre criança ranhenta implorando pelo o que não conhece. Vemos a vida do comparsa do vilão ser tirada só por ele ser pentelho (e como era...). Onde está a risada agora?
Da luz da praia, do primeiro beijo, da primeira transa, das felicidades com coisas pequenas que se tem quando não se pode escolher muito, recebemos um cuspe na cara da guerra sem sentido do tráfico de drogas, de pessoas boas corrompidas justamente por serem boas, o terceiro poder mandante. Tudo, mais tudo mesmo, muito bem feito, com uma paixão, uma visão, uma garra que nunca...NUNCA... aconteceu antes na história do cinema Brasileiro.
Alguém lá fora escreveu que esse é 'Os Bons Companheiros' (Filme de Scorcese, sobre a máfia Italiana em Nova York) do terceiro mundo. E é. Até mais do que isso.
A felicidade de Fernando Meirelles e Kátia Lund na intenção da oficina de atores, selecionando jovens nas comunidades do Rio de Janeiro, trouxe uma alma crua, insinuante. O olhar cheio de frustração de Zé Pequeno (o magistral Leandro Firmino), a simplicidade de Buscapé (Alexandre Rodrigues), a malandragem de Dadinho (Douglas Silva). Tudo coeso, firme, documental. Um tapa na cara e um afago.
O roteiro, baseado no livro homônimo, é um dos melhores já escritos no Brasil. Suas reviravoltas, suas tramas paralelas, suas mudanças de andamento. 'Pulp Fiction' as vezes. Empolga já na primeira observada. Ninguém sai ileso do petardo.
Assista uma, duas, três vezes. Em família, com os amigos, principalmente se não entenderem nada de cinema. Colha as opiniões e perceba o quanto o filme calibra o instinto questionador das pessoas. O quão indignados, porém ao mesmo tempo leves, saem da sessão. Incompreensivelmente felizes.
Profundamente tocados.
A trilha;
O roteiro, baseado no livro homônimo, é um dos melhores já escritos no Brasil. Suas reviravoltas, suas tramas paralelas, suas mudanças de andamento. 'Pulp Fiction' as vezes. Empolga já na primeira observada. Ninguém sai ileso do petardo.
Assista uma, duas, três vezes. Em família, com os amigos, principalmente se não entenderem nada de cinema. Colha as opiniões e perceba o quanto o filme calibra o instinto questionador das pessoas. O quão indignados, porém ao mesmo tempo leves, saem da sessão. Incompreensivelmente felizes.
Profundamente tocados.
A trilha;
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