Música + Cinema; 'Cadillac Records', (2008)



Música + Cinema; 'Cadillac Records', (2008) 

Na época do seu lançamento em 2008, o filme Cadillac Records, frustrou aquele publico que buscava mais um filme musical ou simplesmente um substituto de 'Irmãos Cara de Pau', mas não era esse o propósito do filme, buscando resgatar fielmente o início do bom e velho rock’n’roll  entre os anos de 1940 a 1960, Cadillac Records, é um filme para quem gosta de musica, de conhecer a verdade e claro de uma boa historia pra cantar e contar.
Abordando alguns temas tão polêmicos e ao mesmo tempo ofuscado na historia do rock como racismo, plágios  das musicas de Chuck Berry pela banda Beach Boys e a invenção do rei do rock Elvis Presley, claro para quem acredita em teorias de conspirações, pois em pleno auge de sua carreira e transformando um novo estilo em febre entre jovens americanos, Chuck Berry, simplesmente foi envolvido em uma arquitetada prisão, tirando o artista por longos anos da cena musical, mesma período do surgimento de Elvis Presley, cantando o mesmo estilo de musica, dança e presença de palco, bom, mas isso é somente uma conspiração…
Teorias a parte o filme é um rico registro da historia do nascimento do gênero musical presente no universo de jovens e adultos nas ultimas seis décadas.
A atmosfera musical de Cadillac Records envolve todos os telespectadores, que são presenteados com ótimas performances musicais, de fotografia e figurino, retratando a Chicago de 1950, entre as atuações um destaque foi para a cantora pop Beyoncé que, entrou de corpo e alma na pele de Etta James.

1947. O Chess Records é um pequeno estúdio musical, localizado na parte sul de Chicago. De início trabalha o blues, tendo como principais ícones Muddy Waters (Jeffrey Wright) e Little Walter (Columbus Short). Chuck Berry (Mos Def), um dos precursores do rock, também gravou nele. Leonard Chess (Adrien Brody) é o produtor do estúdio e tem um ouvido refinado para identificar diferentes tipos de música. Ele acredita que pode ganhar dinheiro ao assinar com talentos ascendentes do meio musical, como o compositor Willie Dixon (Cedric the Entertainer) e Howlin’ Wolf (Eamonn Walker). Leonard os trata como se fosse parte de sua família, o que não é algo simples pela grande quantia gasta para que esta situação aconteça. Quando Chuck Berry é preso, ele decide apostar no talento de outra cantora: Etta James (Beyoncé Knowles).
Ao assistir um filme como Cadillac Records, fica difícil não fazer uma ponte com o atual cenário musical, alias o papel do produtor e a criação de falsos artistas, não é uma exclusividade dos dias de hoje, mas vivemos em um tempo de total mediocridade musical, não é uma apelação para os “bons tempos” é um fato, temos artistas com grande suporte tecnológico, produções caríssimas e afinidade musical quase zero, faltya de compromisso social, ideologia e filosofia de vida, são artistas de butique, fabricado em um estúdio pasteurizado que, separa o trigo e ecolhe o joio, bandas de uma estação só, de musicas de blá blá blá e thcu, tcha, bará e berê, alias se alguém souber de onde vem essa língua, deixe aqui a sua tradução.
Não precisamos voltar até a Chicago de 1947, aqui mesmo em terras brasileiras, muitos artistas de talento simplesmente não têm chance, porque está fora dos padrões de beleza pré-estabelecidos, como se, nossos ouvidos se importasse com beleza, mas sim com uma boa musica, com uma banda de atitude formada por artistas de verdade.
O Trailer;

A Trilha; 





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