Música + Cinema; 'A Todo Volume' (2008)
'A Todo Volume' ('It Might Get Loud')
Dirigido e Escrito por Davis Guggenheim
O intuito do documentário é elucidar toda a mística que
envolve o instrumento e a paixão que o mesmo desperta em todos que a empunham.
Mostra desde o início do interesse de cada um pela guitarra e seus atrativos,
até suas preferências por sons, como desenvolveram seus estilos de tocar, seus
equipamentos preferidos, influências, métodos de composição e tudo mais.
Logo no início do documentário, são mostrados os três, saindo de suas casas, cada um num carro, contando suas expectativas sobre o encontro com os outros dois guitarristas. Page fala sobre como Edge e White são caras de timbre único, com muita personalidade. O documentário circula entre o encontro entre os três, onde fazem algumas jams, com takes de cada um ouvindo música, tocando algumas coisas e mostrando suas raízes como instrumentistas.
Já de cara, entendemos o porquê da escolha do trio, pois cada um tem um estilo peculiar, Page é um gênio, virtuoso, extremamente criativo, tira sons impressionantes de um mesmo instrumento a cada acorde, como quando ele exemplifica isso tocando “Ramble On”, com suas variações, ora suaves, ora agressivas, em que ele fala que há luz e sombra em algumas de suas canções. No entanto, The Edge é fascinado por pedaleiras e equipamentos de som e ama explorar os diversos sons que são sua marca registrada com o U2 desde sempre. Já White se mostra um pouco avesso à tecnologia, pois vê como uma facilidade de uso, exigindo menos criatividade por parte dos músicos. É muito legal ver esse contraste.
Somos transportados à Irlanda, para ver as raízes do U2, com Edge, que mostra demos dos primórdios da banda, a sala de aula que servia como palco para ensaios da banda e como tudo começou. Fala também sobre como ele foi influenciado por bandas como The Jam, The Clash e Ramones, pois ele finalmente viu alguém que falasse por sua geração no mundo da música; também vemos como Jack White ralou antes de se tornar músico, já que morava num bairro pobre e predominantemente negro, a onda era hip hop e house, tocar guitarra era visto com maus olhos por sua vizinhança, desde cedo se interessou por blues da década de 30, como Robert Johnson, e Son House, influências pouco usuais hoje em dia, que fazem dele um músico único em sua geração; já Page descreve sua clássica experiência como músico de estúdio na Grã Bretanha nos anos 60, quando participou de quase tudo que era gravado, porém sentia falto de algo mais, de criar suas próprias canções.
Logo no início do documentário, são mostrados os três, saindo de suas casas, cada um num carro, contando suas expectativas sobre o encontro com os outros dois guitarristas. Page fala sobre como Edge e White são caras de timbre único, com muita personalidade. O documentário circula entre o encontro entre os três, onde fazem algumas jams, com takes de cada um ouvindo música, tocando algumas coisas e mostrando suas raízes como instrumentistas.
Já de cara, entendemos o porquê da escolha do trio, pois cada um tem um estilo peculiar, Page é um gênio, virtuoso, extremamente criativo, tira sons impressionantes de um mesmo instrumento a cada acorde, como quando ele exemplifica isso tocando “Ramble On”, com suas variações, ora suaves, ora agressivas, em que ele fala que há luz e sombra em algumas de suas canções. No entanto, The Edge é fascinado por pedaleiras e equipamentos de som e ama explorar os diversos sons que são sua marca registrada com o U2 desde sempre. Já White se mostra um pouco avesso à tecnologia, pois vê como uma facilidade de uso, exigindo menos criatividade por parte dos músicos. É muito legal ver esse contraste.
Somos transportados à Irlanda, para ver as raízes do U2, com Edge, que mostra demos dos primórdios da banda, a sala de aula que servia como palco para ensaios da banda e como tudo começou. Fala também sobre como ele foi influenciado por bandas como The Jam, The Clash e Ramones, pois ele finalmente viu alguém que falasse por sua geração no mundo da música; também vemos como Jack White ralou antes de se tornar músico, já que morava num bairro pobre e predominantemente negro, a onda era hip hop e house, tocar guitarra era visto com maus olhos por sua vizinhança, desde cedo se interessou por blues da década de 30, como Robert Johnson, e Son House, influências pouco usuais hoje em dia, que fazem dele um músico único em sua geração; já Page descreve sua clássica experiência como músico de estúdio na Grã Bretanha nos anos 60, quando participou de quase tudo que era gravado, porém sentia falto de algo mais, de criar suas próprias canções.
Além disso, vemos o método de composição de cada um, sendo
que Page vê cada música sob uma circunstância, já que para ele as melodias e
ideias surgem de forma espontânea, através de uma centelha criativa que todo
artista deve ter; já The Edge gosta de testar riffs ao ar livre e conta que
começou a compor por incentivo de Bono durante as gravações de “War”,
terceiro disco do U2, muito inspirado nas condições precárias atravessadas pela
Irlanda na época; e Jack gosta de guitarras meio tortas e desafinadas, gosta de
ser desafiado pelo instrumento, falou também que é preciso existir alguma luta
interior ou ao seu redor, senão você precisa criar uma para obter inspiração.
Outras partes marcantes são Page tocando “The Battle of Evermore” em frente à clássica casa utilizada como estúdio pelo Led Zeppelin na década de 70, o mesmo Jimmy tirando onda ouvindo música, com sua coleção de discos atrás e ainda ele, falando sobre o skiffle, o ritmo pré rock, que segundo ele, foi o leite materno do estilo. Vale destacar também o processo de fabricação da linda guitarra de Jack White, produzida sob encomenda para o Raconteurs.
Entre a conversa em que os músicos falam sobre sua experiência, rolam algumas jams, entre elas a cena já clássica de Page tocando o riff de “Whole Lotta Love” e The Edge e White nitidamente emocionados como que tivessem vendo algo mágico diante de si, e realmente estavam, é de arrepiar. Além dessa, Page também toca, mas dessa vez acompanhado pelos dois fazendo slide, em “In My Time of Dying”. White também dá show com “Dead Lives and the Dirty Ground” e os três fecham o documentário com violões tocando uma bela versão de “The Weight”, da The Band.
A Todo Volume é altamente recomendado a todos aqueles que admiram o instrumento das seis cordas, pois mesmo aqueles que não tocam (como eu) ficarão instigados em apalpar o instrumento mais sexy que existe como diz Jimmy Page num trecho. Inclusive, o que mais me causou estranheza ao acompanhar o documentário foi ver Jimmy Page sem empunhar uma guitarra, pois parece que ele e seu instrumento são uma coisa só, que se complementam.
Trata-se de um encontro raro de três músicos tão brilhantes quanto humildes que batalharam muito pra se tornarem o que são hoje, são verdadeiros operários da guitarra e não à toa merecem o reconhecimento que tem. Que o amor à música demonstrado pelos três inspire as novas gerações a criarem algo que se compare à obra deles no futuro.
Outras partes marcantes são Page tocando “The Battle of Evermore” em frente à clássica casa utilizada como estúdio pelo Led Zeppelin na década de 70, o mesmo Jimmy tirando onda ouvindo música, com sua coleção de discos atrás e ainda ele, falando sobre o skiffle, o ritmo pré rock, que segundo ele, foi o leite materno do estilo. Vale destacar também o processo de fabricação da linda guitarra de Jack White, produzida sob encomenda para o Raconteurs.
Entre a conversa em que os músicos falam sobre sua experiência, rolam algumas jams, entre elas a cena já clássica de Page tocando o riff de “Whole Lotta Love” e The Edge e White nitidamente emocionados como que tivessem vendo algo mágico diante de si, e realmente estavam, é de arrepiar. Além dessa, Page também toca, mas dessa vez acompanhado pelos dois fazendo slide, em “In My Time of Dying”. White também dá show com “Dead Lives and the Dirty Ground” e os três fecham o documentário com violões tocando uma bela versão de “The Weight”, da The Band.
A Todo Volume é altamente recomendado a todos aqueles que admiram o instrumento das seis cordas, pois mesmo aqueles que não tocam (como eu) ficarão instigados em apalpar o instrumento mais sexy que existe como diz Jimmy Page num trecho. Inclusive, o que mais me causou estranheza ao acompanhar o documentário foi ver Jimmy Page sem empunhar uma guitarra, pois parece que ele e seu instrumento são uma coisa só, que se complementam.
Trata-se de um encontro raro de três músicos tão brilhantes quanto humildes que batalharam muito pra se tornarem o que são hoje, são verdadeiros operários da guitarra e não à toa merecem o reconhecimento que tem. Que o amor à música demonstrado pelos três inspire as novas gerações a criarem algo que se compare à obra deles no futuro.
Mais informações;
http://www.imdb.com/title/tt1229360/?ref_=fn_al_tt_1
http://www.imdb.com/title/tt1229360/?ref_=fn_al_tt_1
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