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Mostrando postagens de julho, 2016

Músicas para Salvar sua Vida; 'The Future', Leonard Cohen

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Músicas para Salvar sua Vida; 'The Future', Leonard Cohen Conheci Leonard Cohen através dessa música, em 1994, na trilha de um dos meu filmes favoritos, "Assassinos Por Natureza". Com sua voz cavernosamente sexy, Mr. Cohen canta sobre tudo, como um Deus-pagão. Uma alma perdida falando sobre um mundo em transformação; Give me absolute control over every living soul And lie beside me, baby,that's an order! Hoje, domingão estranho, de clima úmido e céu acinzentado, acordei, tomei café da manhã e lí um texto de um dos meus mestres da escrita, André Forastieri, em seu blog no portal R7. Nele, ao assistir um vídeo da empresa Productivity Future Visions mostrando uma perspectiva de um futuro próximo , onde a tecnologia irá integrar ainda mais nossa interação com ela e transformará trabalho e vida particular em uma só, André questiona essa visão de futuro limpo, branco e funcional. "Cadê o sangue, o suor, as lágrimas, a meleca?", pergunta ele, lembrando ain

As favoritas de... Thom Yorke (Radiohead) (3 playlists)

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As favoritas de... Thom Yorke (Radiohead) (+ Bonus Tracks) Se houver algo mais íntimo do que descobrir sua alma com uma letra, está convidando o mundo para sua coleção de discos. Ao longo dos anos, Thom Yorke nos concedeu os dois, dando uma olhada na psique de uma das figuras mais célebres e enigmáticas do rock moderno. Pode haver sites inteiros dedicados a decodificar suas palavras, mas quando se trata da música que faz Yorke marcar, podemos ir diretamente à fonte. O líder da Radiohead nunca foi tímido sobre revelar suas influências. Desde o OK Computer, que está comemorando 20 anos em 2017, e especialmente Kid A, ele está transformando os hackers de alt-rock em geeks de IDM, freaks de jazz e cabeças subterrâneas de hip-hop. Mas para compreender verdadeiramente como sua mente musical está conectada, não há nada como ver como ele pode juntar uma lista de reprodução ou, melhor ainda, uma festa de DJ. Ao longo da última década, parece que Yorke encontrou tanta emoção em

Discoteca Básica; 'Truth', Jeff Beck (1968)

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Discoteca Básica; 'Truth', Jeff Beck (1968) Swinging London, 1968. Em um cenário musical efervescente, dominado pelas cores psicodélicas dos Beatles em Sgt. Pepper's - lançado no ano anterior - e das guitarras delirantes de Hendrix e Syd Barrett, surge outra referência capital para os futuros rumos do rock: Truth, um disco com profundas raízes no blues e no soul, mas ao mesmo tempo embebido do espírito alucinado da época. A principal ferramenta utilizada para forjar o tesouro foi a guitarra paranoica de Jeff Beck. Autodidata, egocêntrico, pioneiro, temperamental, maníaco - muitos foram os adjetivos usados para tentar qualificar esse autêntico anti-herói da guitarra. Porém, todos eles acompanhavam um único substantivo: gênio. Tudo começou quando Beck - por recomendação de Jimmy Page - foi chamado para substituir Deus - ou seja, Eric Clapton, um dos mais conceituados guitarristas da época - nos célebres Yardbirds. Beck esteve no grupo por pouco tempo e, ao deixá-lo

Disco da semana; "No More Shall We Part" Nick Cave & The Bad Seeds (2001);

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Disco da semana;   "No More Shall We Part" Nick Cave & The Bad Seeds (2001); Oriundo da banda mezzo-punk performática britânica  Birthday Party , Nick Cave montou os  Bad Seeds  pra uma única coisa; Cortar corações.E aqui, ele alcançou seu ápice. "No More Shall We Part"  é um funeral. Carregado de climas soturnos e lúgubres, mas, ao mesmo tempo, românticos, singelos e  encandecestes   Parecem opostos? Pois nessa desconexão que o disco brilha. Como os olhos de um  vampiro , é verdade... Gravado depois de um iato de quatro anos do seu anterior, o ótimo  "The Boatman's Call" , todas as músicas tem uma sofisticação instrumental linda. Pianos, xilofones, violinos... Mas é na voz e nas letras de Cave que o arrepio começa. Já na abertura com  "As I Sat Sadly by Her Side" . Um relato de um homem ao lado da sua mulher morta. Pesado? Não! Então tente  "And No More Shall We Part" , a faixa-título, e tente não imaginar algo

Desconstruindo o Pop! Playlist # 13 : 'Don't believe in yourself, Don't deceive with belief. Knowledge comes with death's release'

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Desconstruindo o Pop! Playlist # 13 :  'Don't believe in yourself, Don't deceive with belief. Knowledge comes with death's release'

Discoteca Básica; 'Samba Esquema Novo', Jorge Ben (1963)

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Discoteca Básica; 'Samba Esquema Novo', Jorge Ben (1963) O Brasil do início dos anos 60 era um país de grande efervescência cultural, onde o folclore e as artes populares não haviam ainda sido condicionados em frascos de formol e serviam de matéria-prima para as novas gerações. Nesse caldeirão quente cabiam tanto a reinvenção do samba, com a bossa nova, quanto os primórdios da sensibilidade pop e rock'n'roll da jovem guarda. E durante décadas estes extremos - na época, ideologicamente inconciliáveis - só se tocaram na música de Jorge Ben. De nobre linhagem etíope, e musicalidade maturada na noite carioca, Jorge Ben trouxe para o samba pós-bossa um novo violão - tão original quanto o de João Gilberto. Foram os dois, aliás, mais Tom Jobim, os grandes artesãos do "samba híbrido", sincrético, desfolclorizado. Em comparação com a minuciosa dissecação harmônica de João Gilberto, o violão de Jorge Ben também fazia a festa nas síncopes e contratemp