Favoritos da Casa; Elbow (Manchester, Inglaterra)


Favoritos da Casa; Elbow (Manchester, Inglaterra)
O embrião da banda data ainda de 1990, quando, ainda no colegial, o vocalista Guy Garvey encontrou com o guitarrista Mark Potter, ambos aos 16 anos, decidiram montar uma banda. Oriundos de Ramsbotton, nos arredores de Manchester, viviam á sombra da cena ‘Madchester’, de Stone Roses, Happy Mondays e Soup Dragons. Depois de alguns encontros e jams, se juntaram o baterista Richard Jupp e o baixista Pete Turner. Estava formada a Mr. Soft. Péssimo nome, por sinal.
Depois de alguns ensaios e shows para meia dúzia de pessoas, o nome foi reduzido para Soft e o tecladista Craig Potter entrou para a banda. Formação que se sustenta até hoje. 
Em 97, depois de percorrerem o circuito alternativo britânico, mais uma mudança de nome; Elbow, tirado de um programa da BBC, onde um dos personagens dizia que a palavra (cotovelo, em português) era a palavra mais sensual da língua inglesa (?!?!). Pode até não ter uma ótima explicação, mas soa bem, no final das contas.
A partir daí, a banda começou a lançar singles e EP’s. Com destaque para o seu primeiro ‘pseudo-hit’, “Any Day Now”, faixa coma qual eu os conheci, ainda em 2000. 
O primeiro álbum veio logo em seguida; Em 2001, saía “Asleep in Black”, o disco é uma jóia escondida; Enigmático, climático e sensual (não como o nome da banda, rs), teve ótima acolhida de crítica e público, e gerou um hit; “Newborn”, uma das minhas preferidas. 
Com um álbum e um single rodando nas rádio britânicas (quem já foi pra lá sabe; O que chamamos de ‘música alternativa’, lá é o que toca no rádio), começaram os circuitos dos festivais; V, Reading, Glastonbury… Nesse último, inclusive, aconteceu algo inusitado… Durante a faixa “Grace Under Pressure”, a banda puxou um coro, com o refrão da canção e a gravou; “We still believe in love, so fuck you!” (“Nós ainda acreditamos no amor, então foda-se!”). Deste ‘coral’, saiu a inspiração para o título do segundo disco, “Cast Of Thousands”, de 2003. Elogiadíssimo pela crítica, porém, não emplacou nenhuma faixa nas rádios. A que acabou mais conhecida foi o seu primeiro single, “Fallen Angel”. 
Na turnê de divulgação de “Cast Of Thousands”, a banda resolveu ir até Cuba tocar e rodar um mini-documentário que foi exibido nos circuitos dos festivais ingleses mas nunca foi lançado comercialmente.
Depois de concorrerem aos prêmios de música britânica, como o Mercury e o Brit Awards, a banda se enfurnou em estúdio para o terceiro álbum; “Leaders of the Free World”, lançado em 2005, foi inteiramente produzido por eles e traz um som mais leve, introspectivo. Muito progressivo rococó para o meu gosto. Para esse álbum, a banda se uniu ao conglomerado The Soup Collective, produtores de vídeo, para um filme integrado ao disco. 
Novamente, o disco foi elogiadíssimo pela crítica inglesa, mas ignorado pelos americanos. O álbum rendeu apenas dois singles, apesar de ter vendido muito no país. 
Depois da turnê e um ano de descanso, a banda voltou com “The Seldon Seen Kid”, seu melhor álbum e de maior sucesso também, lançado no final de 2007. Além disso, este é o disco  despertou a curiosidade do U2. É o favorito de Edge e Bono, que foram vistos em alguns shows da banda pela Europa. 
O disco é vívido e com melodias lindas. Várias faixas se destacam, mas as minhas preferidas são “Ground For Divorce”, “The Fix” e, em especial, a melhor música deles na minha opinião, “One Day Like This”. 
A banda ganhou vários prêmios por esse disco e pela canção. Em especial, o Mercury Music Awards e o Ivor Novello Awards, para melhor canção contemporânea.
Depois de algum tempo de férias, a banda passou o resto de 2010 gravando seu quinto álbum, que saiu em Março deste ano; “Build a Rocket, Boys!”, que estreou diretamente no segundo lugar da parada britânica, feito inédito até então. Porém, nos EUA, continuam sendo ignorados.
Eles deram uma ampliada no leque de influências; Podemos ouvir muito de David Bowie, Manic Street Preachers e, porque não, U2 neste último disco. Eles deixaram um pouco de lado a temática mais progressiva e lenta. Talvez tenha sido esse o motivo do sucesso. Mais uma vez, todas as revistas inglesas deram boas críticas. A NME, que costuma ser bem chata para reviews, disse “Uma força inovadora”. 

E vamos com uma playlist pra fechar.

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