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Mostrando postagens de março, 2017

Disco da Semana; 'Stories from the City, Stories from the Sea', PJ Harvey (2000)

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Disco da Semana; 'Stories from the City, Stories from the Sea', PJ Harvey (2000) Se você procurar por aí, vai ver muita gente se referindo a Stories From The City, Stories From The Sea como o melhor disco de PJ Harvey desde o lançamento do excelente To Bring You My Love. Isso encontra justificativa no fato de que, depois de lançar o compacto supramencionado, o som de Polly Jean sofreu uma mudança repentina, cujo começo pode ser observado em Dance Hall At Louse Point, disco que a cantora lançou ao lado de John Parish no ano de 1996. Essa alteração estava relacionada a uma tentativa de imprimir um ar classudo nos registros da cantora. A produção se tornou mais bem arranjada e menos crua. Quem gostava da selvageria despreocupada de Dry, por exemplo, tinha tudo para torcer o nariz. Porque não se encontra mais aquela coisa seca (com o perdão do trocadilho), com cara de que foi feita em pouquíssimo tempo. Não há mais aquele ar de algo que quer ser verborrágico, esfregar alg

Favoritas da Casa; Courtney Barnett (Melbourne, Australia)

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Favoritas da Casa; Courtney Barnett (Melbourne, Australia) Courtney Barnett é uma das grandes expoentes da ótima cena indie australiana atual. Em 2013, aos 25 anos, a cantora, compositora e guitarrista conquistou a imprensa musical mundial com o lançamento independente de um EP através do selo próprio Milk! Records, que rapidamente garantiu um contrato com uma gravadora e a colocou na lista de melhor artista revelação do ano pela revista Rolling Stone e pelo jornal The New York Times. As letras espirituosas e sobre assuntos mundanos, a voz inconfundível e o jeito verborrágico (e desencanado) de cantar marcam seu estilo meio grunge, meio indie-rocker. Os excelentes singles “Avant Gardener” e “History Eraser” fizeram dela uma figura onipresente em festivais pelo mundo, em uma interminável turnê pela América do Norte e Europa, antes mesmo do seu álbum de estreia. Com “Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit”, lançado em 2015, foi destaque em todas as listas de m

Discoteca Básica; 'Autobahn', Kraftwerk (1974)

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Discoteca Básica; 'Autobahn', Kraftwerk (1974) Tentando ver de um jeito otimista, a falta de celebração em torno dos 40 anos de  Autobahn , clássico do Kraftwerk lançado em 1º de novembro de 1974, pode ser lida como um sinal de que a revolução que o disco representou já está totalmente assimilada e estabelecida. É como se a interação entre homem e máquina (a obsessão temática do grupo) e a artificialização do cotidiano fizessem parte da nossa vida como sempre fizeram, dispensando marcos comemorativos. Quando lançou  Autobahn , o Kraftwerk já tinha três LPs, conhecidos apenas dos fãs mais dedicados de art-rock, psicodelia, progressivo e música instrumental vanguardista. Lançados entre 1971 e 1973, dispensa dizer que eram autênticas “viagens”, mesmo antes que a dupla resolvesse se inspirar em passeios de carro, trem ou bicicleta para compor. Mas  Autobahn  providenciou um daqueles encontros do artista consigo mesmo, um esclarecimento de potencialidades e intenções como à

Música + Livros; 'Só Garotos', Patti Smith

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  Música + Livros; 'Só Garotos', Patti Smith (Leitura Online) Nova York vivia em ebulição. De suas ruas, casas de shows, livrarias e bares saiam rolos de fumaça psicodélica e emanações de libertação artística e sexual. Era o cenário ideal para os jovens artistas, poetas, roqueiros e intelectuais que buscavam novas formas de expressão e mudavam a todo momento a cara dos anos 60. “Só Garotos” descreve esse caldeirão cultural a partir de um olhar poético e engajado – o olhar de Patti Smith, musa dos primeiros passos do punk. Generosa com sua própria trajetória, ela estende a mão e convida o leitor a passear contra o vento pelas ruas de Manhattan. E revela sua bela história de amor com o então desconhecido Robert Mapplethorpe.  O livro aborda o período desde o nascimento de Patti e Robert -- ambos na segunda metade da década de quarenta, e segue até o final da década de oitenta, período em que Robert, já o famoso fotógrafo de nus provocantes, mo

Radiohead Webcast Compilation 1999/2007 (Playlist especial Spotify)

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Radiohead Webcast Compilation 1999/2007 (Playlist especial Spotify) Entre 1999 e 2007 o Radiohead fez algumas transmissões online no seu website oficial onde cada integrante escolhia algumas das suas músicas favoritas.] Aqui (graças ao Spotify), temos uma playlist com o que foi tocado. Enjoy it!

Discoteca Básica; 'Live at The Apollo', James Brown (1963)

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Discoteca Básica; 'Live at The Apollo', James Brown (1963) Se o verdadeiro e único Godfather é o "haaaaaardest working man in the show business" - como anunciam seus mestres de cerimônia há três décadas - "Live at the Apollo" é o melhooooooooor LP ao vivo na história do show business. Mas qual deles? Todos. Sim, porque existem três. O primeiro é absoluta lenda: gravado em dezembro de 62, saiu pela King, em janeiro de 63, e relançado pela Solid Smoke em 80. O segundo é um LP duplo, gravado em junho de 68; saiu pela King dois meses depois e foi relançado em 86 pela Rhino, da Califórnia, como dois LPs separados ("Live at the Apollo volume 2", parts 1 and 2). O terceiro também é um LP duplo, gravado em 21 e 22 de julho de 71, e lançado em dezembro do mesmo ano pela Polydor.  Qualquer brownnófilo sério precisa ter os três, claro (como a negada, que já o transformou no "the most sampled man in show business"). O tercei