Música + Cinema; 'A Um Passo do Estrelato' ('20 Feet From Stardom', 2013)
Um pensamento empresarial muito comum é o que diz respeito a importância de todos os trabalhadores de uma organização. Muitos costumam dizer que o diretor é extremamente importante para a tomada de decisões, que garantem o andamento do negócio, mas que a diarista, que arruma a sala e serve o cafezinho, também é fundamental para garantir a presença dos chamados fatores higiênicos organizacionais, que são aqueles que se presentes não renderão elogios, mas quando ausentes são capazes de prover discussões e desentendimentos. O que toda essa explicação técnica e teórica advinda da minha profissão de administrador tem haver com A Um Passo do Estrelato? A resposta é bem simples, pois o documentário, vencedor do Oscar 2014, resolve esquecer um pouco os cantores famosos de bandas de sucesso e apresentar a realidade de vida dos vocais de apoio, que são fundamentais para o enriquecimento do espetáculo e fama da banda, mas que não possuem o rosto reconhecido pelo público, que muitas vezes nem percebe sua existência.
Para provar a importância desses músicos, A Um Passo do Estrelato recorre a depoimentos muito sinceros de artistas do quilate de Bruce Springsteen, Sting, Mick Jagger e Stevie Wonder, que elogiam bastante o trabalho daqueles que foram fundamentais em suas carreiras. Durante essa viagem se tornam conhecidas muitas cantoras, em sua grande maioria negras, cujo o talento foram descobertos nas canções da igreja que frequentavam. É nesse momento que é possível conhecer um pouco mais da carreira de Lisa Fischer, que trabalhou em todos os shows do Rolling Stones desde 1989. Darlene Love, que foi escolhida a integrar o Hall da Fama do Rock'n'Roll em 2010 também ganha seus momentos e Judith Hill, que chamou atenção do mundo ao cantar no velório de seu grande parceiro e companheiro de estrada Michael Jackson.
Apesar de começar um pouco confuso e repleto de depoimentos sem um foco central, aos poucos o longa toma o embasamento necessário e segue a linha de que a profissão de ambas fica A Um Passo do Estrelato, mas que ele muitas vezes é impossível de ser alcançado. Algumas dessas cantoras ao longo da carreira perceberam que jamais fariam sucesso e outras que tentaram, em sua grande maioria, não conseguiram alcançar o tão sonhado reconhecimento. Seja por falta de oportunidade ou por falta de vocação em ser um símbolo para o público. O caso mais curioso é mesmo o de Lisa Ficher, que chegou a fazer sucesso com sua carreira solo, inclusive ganhando um Grammy, mas que não conseguiu alavancar um segundo cd e voltou a fazer o apoio vocal. Isso só retrata a dificuldade para o bendito “passo” seja dado.
Apesar de começar um pouco confuso e repleto de depoimentos sem um foco central, aos poucos o longa toma o embasamento necessário e segue a linha de que a profissão de ambas fica A Um Passo do Estrelato, mas que ele muitas vezes é impossível de ser alcançado. Algumas dessas cantoras ao longo da carreira perceberam que jamais fariam sucesso e outras que tentaram, em sua grande maioria, não conseguiram alcançar o tão sonhado reconhecimento. Seja por falta de oportunidade ou por falta de vocação em ser um símbolo para o público. O caso mais curioso é mesmo o de Lisa Ficher, que chegou a fazer sucesso com sua carreira solo, inclusive ganhando um Grammy, mas que não conseguiu alavancar um segundo cd e voltou a fazer o apoio vocal. Isso só retrata a dificuldade para o bendito “passo” seja dado.
Um pouco perdido no começo, o trabalho de montagem da obra começa a se destacar a cada diferente depoimento para se encaixar em prol de senso comum de percepção, que passeia das injustiças da profissão aos erros daqueles que participam de programas de televisão e se acham prontos para o desafio e muitos mais detalhes que merecem ser entendidos pelo público. Ponto forte e que ajuda ainda mais a acompanhar essa projeção é a trilha sonora que é regata de canções famosas e espetaculares, que marcaram época, se eternizaram e devem muito, muito mesmo, a esses que não são enxergados.
Trailer;
Curiosidade; Desde que foi lançado nos Estados Unidos, o sucesso foi levando o filme a ser exibido em um número cada vez maior de cinemas. O documentário começou com apenas 3 salas de cinema, e expandiu para 89 salas três semanas mais tarde, chegando ao 15º lugar do ranking nacional. Com boa média de público por sala e mais de US$1 milhão arrecadados, o filme se aproximou dos cem documentários de maior bilheteria de todos os tempos .
Mais informações;
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