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Mostrando postagens de março, 2018

Músicas para salvar a sua vida; 'Do You Realize?', The Flaming Lips (2003)

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Músicas para salvar a sua vida; 'Do You Realize?', The Flaming Lips (2002) Faixa 9 do álbum 'Yoshimi Battles The Pink Robots' (2002) Esta canção , que questiona a própria natureza da existência humana, foi inspirado em parte pela morte súbita de um amigo japonês da banda.   Graças ao seu uso onipresente em comerciais da VH1 e para produtos da Mitsubishi e Hewlett -Packard, acabou por se tornar o grande hit dos Flaming Lips . O vocalista Wayne Coyne disse à revista Uncut Junho de 2008: " A canção-chave do álbum é" Do You Realize ?". " Posso dizer que eu criei essa música, mas eu não teria pensado que tinha esse outro mundanismo. Eu me deparo com pessoas que dizem usá-la em funerais, casamentos ou quando seus filhos nascem . "   Em março de 2009 ela foi nomeada a oficial canção de rock do estado Oklahoma, que é o estado de origem da banda. N o entanto, ao contrário de alguns dos outros

Disco da Semana; '4', Los Hermanos (2005)

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Disco da Semana; '4', Los Hermanos (2005) O Los Hermanos chegaram ao quarto disco sendo chamada de 'a melhor banda do Brasil'. Será? Nesse quarto disco, a banda corre em direções opostas. Ou seja, Amarante e Camelo não falam mais a mesma língua. Em '4', a banda defende com unhas e dentes a MPB em detrimento do rock. Obviamente, Marcelo Camelo, vocalista, guitarrista e principal voz dos Hermanos é quem dita essa rédea. Já na primeira,  'Dois barcos' , o disco já mostra seu lado 'velho'. Lenta... Progressiva... MPB DEMAIS pro meu gosto... Não que isso seja um problema, mas é esquisito pensar nessa pressa de chegar a um nível estranho. é um disco difícil logo na primeira faixa.  Mas vamos pra segunda. Bom, daí entra a velha e boa salvação da lavoura. Se na primeira faixa o disco navega pelo incerto, em  'Primeiro andar'  vemos a trilha se retomar; a LINDÍSSIMA faixa é de, como de costume, Rodrigo Amarante, o bar

Discoteca Básica; 'Destroyer', Kiss (1976)

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Discoteca Básica; 'Destroyer', Kiss (1976)   Você já imaginou como seria o mundo sem o Kiss? Reflita durante um momento. É Pense nos dinossauros progressivos dos anos 70, tipo Emerson, Lake And Palmer e Yes, querendo destruir o bom humor da raça humana. Pense em quantos caras compraram uma guitarra depois de ver e ouvir Ace Frehley. Pense em quantas festanças já não foram embaladas por "Rock'n'roll All Nite". A conclusão não poderia ser outra: Ace, Gene Simmons (baixo), Paul Stanley (vocal/guitarra) e Peter Criss (bateria) salvaram o rock'n'roll. O quarteto botou demência onde só havia pretensão e virtuosismo assexuado, por isso lhe somos eternamente gratos. David Bowie, Marc Bolan e os New York Dolls já haviam jogado purpurina nos anos 70, mas nenhum deles atingiu tanta gente quanto o Kiss. Mas até hoje este planeta ingrato despreza os quatro mascarados de Nova York. Você já viu "Hotter Than Hell", "Destroyer",

O Mundo Maravilhoso das Capas de Discos; 'Debut', Björk (1993)

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O Mundo Maravilhoso das Capas de Discos; 'Debut', Björk (1993) Foto e Design por Jean-Baptiste Mondino Apesar de uma pessoa naturalmente estranha, corajosa e estilosa, Björk não titubeou em se colocar de maneira extremamente pessoal na sua estréia solo, 'Debut', de 1993, após deixar o grupo Sugarcubes no início daquela década. Ela se preocupou, principalmente, com o estilo da foto. Por isso, chamou a fashion designer número um de Londres na época, Judy Blame, e o fotógrafo de moda mais badalado da década, Jean-Baptiste Mondino, para definitivamente sair da gelada Islândia, sua terra natal, e abraçar a cultura da música eletrônica da época.  O álbum, que teve a produção hipercontemporânea do produor Nellee Hooper, que trabalhava com o Massive Attack na época, tinha participação de quase todo mundo que importava no universo musical da época. Ela, definitivamente, queria deixar de ser a eterna menininha islandesa. Pra quem não sabe, Björk era uma estrela

Música + Livros; 'Barulho - Uma Viagem pelo underground do rock americano', André Barcinski

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   Música + Livros; 'Barulho - Uma Viagem pelo underground do rock americano', de André Barcinski   O livro conta a trajetória do repórter André Barcinski que, por dois meses e meio, no início dos anos 1990, viajou aos Estados Unidos e entrevistou/fotografou diversos músicos do rock. Entre os entrevistados, bandas como Cramps, Red Hot Chili Peppers, Nirvana e figuras como Jello Biafra e Joey Ramone. Os pubs de São Francisco com todo o clima noir underground , as bandas de Seattle que estavam todas vivendo o clímax do grunge e o hard core de Nova Iorque, encontram-se todos muito bem retratados neste livro.  Além do bom texto que consegue ser imparcial, as muitas fotos de shows , bastidores, entrevistas e discos, nos provam a importância desse trabalho jornalístico profissional com cara de fanzine . Como se tudo isto não bastasse, a principal atração é, sem dúvida, a apresentação do Nirvana no teatro Paramount em Seattle, em

Discoteca Básica; 'Nova Aeon', Raul Seixas (1975)

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Discoteca Básica; 'Nova Aeon', Raul Seixas (1975)   No verão de 89, Raul Seixas e eu estávamos em minha casa preparando material para o disco "A Panela do Diabo", quando ele falou: "Marceleza, vamos dar um tempo nesta paranoia de compor e tomar uma cervejinha." Fizemos uma pausa, quando eu coloquei para tocar o seu álbum "Novo Aeon" e disparei: "De todos os discos que você fez, este é o meu favorito." Para minha surpresa, ele rebateu: "O meu também!" Ë medida que as músicas rolavam, ele ia me dizendo que, ao contrário do sucesso de "Krig-Ha Bandolo" (72), com "Ouro de Tolo" e principalmente "Gita" (74) - que vendeu algo em torno de oitocentas mil cópias, puxado pela faixa-título -, "Novo Aeon" não havia ultrapassado as quarenta e poucas mil. Mas se o álbum frustrou as expectativas da gravadora, ao mesmo tempo tornou-se uma espécie de querido filho bastardo para R