Música + Livros; 'Tocando a Distância - Ian Curtis & Joy Division', de Deborah Curtis (1995)
Música + Livros; 'Tocando a Distância - Ian Curtis & Joy Division', de Deborah Curtis (1995) (Leitura Online);
Deborah também questionava o conteúdo nazista da banda (“Joy Division era como os nazistas chamavam as prisioneiras mantidas vivas para serem usadas como prostitutas pelo exército alemão. (…) Era repugnante, de mau gosto (…), apoiava a degradação das mulheres”), mas se apaixonou pelo ídolo Ian Curtis muito antes da multidão. Quando o Joy Division se tornou badalado (ainda que Ian não tivesse dinheiro para ajudar a esposa a pagar a conta de luz), Deborah foi excluída do círculo da banda para que Ian circulasse com sua amante belga.
Repleto de entrevistas, “Tocando a Distância” é bem mais profundo e completo em ideias do que o raso filme inspirado no livro (“Control”, de Anton Corbijn, que foca demasiadamente nas dúvidas de Ian em relação às suas mulheres – a esposa, a amante e a filha Natalie) e desenha um retrato intenso do vocalista focando na epilepsia, na bipolaridade e em seu desejo de morrer jovem, algo que Deborah já havia identificado no começo do relacionamento, oito anos antes, mas não acreditava que Ian levaria a cabo. Ele levou. Mesmo sendo o livro de uma esposa traída (de diversas formas), “Tocando a Distância” é obrigatório para tentar entender Ian Curtis e o Joy Division.
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