Postagens

Favoritos da Casa; Elbow (Manchester, Inglaterra)

Imagem
Favoritos da Casa; Elbow (Manchester, Inglaterra) O embrião da banda data ainda de 1990, quando, ainda no colegial, o vocalista Guy Garvey encontrou com o guitarrista Mark Potter, ambos aos 16 anos, decidiram montar uma banda. Oriundos de Ramsbotton, nos arredores de Manchester, viviam á sombra da cena ‘Madchester’, de Stone Roses, Happy Mondays e Soup Dragons. Depois de alguns encontros e jams, se juntaram o baterista Richard Jupp e o baixista Pete Turner. Estava formada a Mr. Soft. Péssimo nome, por sinal. Depois de alguns ensaios e shows para meia dúzia de pessoas, o nome foi reduzido para Soft e o tecladista Craig Potter entrou para a banda. Formação que se sustenta até hoje.  Em 97, depois de percorrerem o circuito alternativo britânico, mais uma mudança de nome; Elbow, tirado de um programa da  BBC , onde um dos personagens dizia que a palavra (cotovelo, em português) era a palavra mais sensual da língua inglesa (?!?!). Pode até não ter uma ótima explicação, mas

Discoteca Básica; 'Ogdens' Nut Gone Flake', Small Faces (1968)

Imagem
Discoteca Básica;  'Ogdens' Nut Gone Flake', Small Faces (1968) Dizem que um disco perfeito é aquele que serve como trilha sonora para um período. E se essa trilha se restringe apenas a um determinado local? Foi o que aconteceu com Ogden’s Nut Gone Flake, lançado em 1968 pela banda Small Faces. De saco cheio com a badalação em cima de Sgt. Pepper’s, dos Beatles, o grupo liderado pelo guitarrista e vocalista Steve Marriott elaborou um álbum tipicamente londrino para que os ingleses curtissem a ressaca do verão do amor. O álbum representa também uma transição na carreira da banda,  formada em 1965, em torno das figuras de Marriott e de Ronnie Lane (baixo e vocais), dois viciados em música negra americana. Com o passar do tempo, porém, eles se interessaram por explorar seu passado inglês. Em vez de Muddy Waters e Motown, ouviam gente como George Formby (músico-comediante, uma espécie de Juca Chaves da terra da rainha). De maior banda mod da Inglaterra

Música para sentir; 'Unknown Caller', U2 (2009)

Imagem
Música para sentir; 'Unknown Caller', U2 (2009) A vida é uma janela aberta. Á fechamos quando nos dá vontade. Olá! Sou eu aqui! Casado num casarão. Ouvindo música, pessoas, coisas e segundos. Um coração em suspensão. Escolhi uma vida que nunca pensei em escolher e estou me divertindo muito com ela. É fácil pra mim. Acho que é mais fácil pra mim do que pra maioria, e talvez isso, tenha me colocado onde estou hoje... Com a janela fechada. Passamos a vida inteira ouvindo o quanto o casamento é ruim, que enjoamos da pessoa, que sexo se torna uma droga, que todos os defeitos dela vão aparecendo, blá, blá, blá... Quer saber; O problema é seu. Só seu. Olhe pro próprio umbigo. Esperamos tudo de alguém e não estamos dispostos a dar nada em troca. Fidelidade, carinho, compreensão... E isso é tudo? Não. Amizade, organização, parceria, loucura, riso, sonho, comida, roupa lavada, correria... Tudo isso é o casamento... E um príncipe ou princesa vestidos de branco não dão conta d

Show Completos; Portishead, Ao Vivo no Festival de Coachella - 26-04-2008

Imagem
Show Completos; Portishead, Studio 104, La Plaine Saint Denis, Paris, França -03-05-2008 O Portishead é uma das bandas mais singulares do planeta; Ficaram exatos dez anos sem material inédito, e quando voltaram, como o hipnótico 'Third', surpreenderam a todos com uma guinada absurda no seu som. Este show no festival de Coachella em 2008 mostra bem essa diferença no repertório; Cool e jazzístico, quando remonta o passado e denso e surreal nas faixas do últim álbum. Uma verdadeira experiência sonora. Aliás, estão até hoje devendo uma apresentação por essas bandas. A vocalista Beth Gibbons veio em 2003 com seu projeto solo, mas a banda toda, nada ainda. Setlist; 01. Silence 02. Mysterons 03. The Rip 04. Glory Box 05. Wandering Star 06. Machine Gun 07. Over 08. Sour Times 09. Cowboys 10. Threads 11. Roads 12. We Carry On Mais informações; www.portishead.co.uk/ ‎ pt.wikipedia.org/wiki/Portishead  

Nick Hornby, "O tempo todo do mundo"

Imagem
Nick Hornby,  "O tempo todo do mundo" (Texto publicado originalmente no jornal 'A Folha de São Paulo' do dia 21 de agosto de 2005) O PRÊMIO PARA OS VENCEDORES DO CONCURSO BRITÂNICO "GRUPO DE LEITURA DO ANO" ERA UM FINAL DE SEMANA EM EDIMBURGO. MAS EIS QUE SURGE UM PROBLEMA. OS INTEGRANTES DO GRUPO DE LEITURA VENCEDOR ESTÃO PRESOS. O QUE FAZER? OFERECER A ELES A OPORTUNIDADE DE DISCUTIR UM ROMANCE COM SEU AUTOR. E NICK HORNBY ENTRA EM CENA. NICK HORNBY O primeiro integrante do grupo de leitura High Down a chegar à biblioteca da penitenciária é Francis, um cinqüentão com certo sotaque italiano. Ele tem dois livros nas mãos; um deles é o meu romance "A Long Way Down" [Ladeira Abaixo], objeto de discussão do encontro de hoje, o outro é o clássico "romance de formação" para garotas adolescentes "I Capture the Castle" [Minha Conquista do Castelo], de Dodie Smith. "A senhora tinha razão, é um romance adorável",

Discoteca Básica; 'Four Way Street', Crosby, Stills, Nash & Young (1971)

Imagem
Discoteca Básica; 'Four Way Street', Crosby, Stills, Nash & Young (1971) Há,no mínimo,duas maneiras de incluir um álbum em sua discoteca básica. A primeira engloba aqueles LPs que, durante a infância ou a adolescência, graças à sua excelência musical, moldaram o seu gosto musical, deram contornos largos ao seu universo emocional, enfim ... fizeram de você uma pessoa melhor, ou ao menos mais feliz . Discos que acompanharam você desde sempre como um pequeno ursinho de pelúcia incrustado na memória do coração. A segunda é a descoberta de tais obras fundamentais numa outra época. Subitamente, você repara num imenso lapso deixado pela desatenção ou até mesmo pela simples ignorância. É o meu caso com 4 Way Street, de Crosby, Stills, Nash & Young. Este texto destina-se àqueles que como eu, gastaram muitos anos de suas vidas desconhecendo a  magia desse trabalho.  Terceiro álbum do quarteto. trata-se, inegavelmente, de uma obra-prima! Gravado ao viv

Desconstruindo o Pop! Playlist # 8 : 'Hey! I've Been Tryin' to Meet You...'

Imagem
Desconstruindo o Pop! Playlist # 8: 'Hey! I've Been Tryin' to Meet You...'

Favoritas da Casa; The Smashing Pumpkins (Chicago, Illinois)

Imagem
  Favoritas da Casa; The Smashing Pumpkins (Chicago, Illinois) Eles não recebem tanta atenção e respeito hoje em dia. Muito, pelo processo de egocentrismos exacerbado do dono da banda, Billy Corgan. Mas durante os anos noventa, eles produziram material que deve figurar em qualquer discoteca básica. E se você for capturado por essa fase (e com um pouquinho de boa vontade), vai acabar gostando de muita coisa produzida durante os anos dois mil. A banda começou como um projeto mezzo gótico, mezzo psicodélico em 1987. O som combinava elementos de tudo que era out na época. Lançado no mesmo mês que 'Nevermind', do Nirvana, o primeiro álbum, 'Gish', é uma pérola esquecida, muito por causa dessa personalidade que beirava o rock progressivo setentista. Canções como 'Rhinoceros', 'Suffer' e 'I Am One' mantiveram o nome da banda no underground o suficiente para sobreviverem a avalanche Grunge da época e darem a oportunidade de um segunda disco.

Especial SXSW; 30 bandas novas para prestarmos atenção em 2015

Imagem
Especial SXSW; 30 bandas novas para prestarmos atenção em 2015 A menos que você está vivendo sob uma rocha agora você provavelmente já ouviu falar do festival South by Southwest (SXSW), em Austin, Texas. O festival aconteceu essa última semana e várias bandas chamaram a atenção. Milhares delas migram para lá todo ano em buscar de causar uma boa impressão. Além disso, filmes também são exibidos. É uma orgia dos bons sons. A página da NME listou trinta bandas que tem tudo para se destacar nesse mar sonoro, e montou um playlist bacanudo, que vai do Punk ao Pop grudento. Do eletrônico cabeça ao acústico delicado. Algumas bandas ainda vão ter mais destaque aqui no blog, como o Hippo Campus, que saiu por aqui no ano passado. Confira e mergulhe no novo! Mais informações sxsw .com/ https://www.facebook.com/ SXSW Festival en.wikipedia.org/wiki/South_by_Southwest

O Mundo Maravilhoso das Capas de Discos; 'Power, Corruption and Lies', New Order (1983)

Imagem
O Mundo Maravilhoso das Capas de Discos; 'Power, Corruption and Lies', New Order Design de Peter Saville O designer Peter Saville foi a  National Portrait Gallery em Londres pensando em se basear em alguma pintura renassentista que mostra-se algum príncipe maquiavélico para combinar com o tema do título do álbum. Sem encontrar nada que lhe agrada-se, resolveu ir embora, quando parou na loja da galeria e comprou um cartão postal do quadro 'Cesta de Rosas', do artista francês Henri Fantin- Latour por acidente. Sua namorada ao ver o postal, que a havia sido comprado para a mãe de Peter disse, 'Nossa... Flores? Você não está pensando em usar isso para a capa, não é?'. Eureca!  'As flores são o meio pelos quais o poder, a corrupção e a mentira se infiltram nas nossas vidas', disse. 'Elas são sedutoras!' Inicialmente, Tony Wilson, dono da gravadora Factory teve de entrar em contato com o museu para saber se poderia

Música + Cinema; 'Anton Corbijn : Inside Out' (2013)

Imagem
Música + Cinema; 'Anton Corbijn : Inside Out' (2013)  Para os escritores famosos, a solidão é praticamente um pré-requisito para a fama, enquanto os fotógrafos são geralmente consideradas como criaturas    mais  sociais. Isso não é o caso de Anton Corbijn, embora ele tenha estado no centro das atenções com algumas das celebridades mais notáveis do nossos tempos. No documentário dirigido por Klaartje Quirijns, 'Anton Corbijn: Inside Out', vemos como Corbijn leva uma vida de solidão auto-imposta. O interessante aqui é que ele parece querer o contrário. Gravado entre 2008 e 2011, o filme entrecorta narrativa, sets de fotografia e filmagem e fala com sua família, na Holanda Uma das bandas que ais está associada a ele é o U2, com quem Corbijn tem colaborado  desde início dos anos 80. Bono é entrevistado brevemente, e menciona por que ele acha que a banda encontra tal harmonia com Corbijn. "Nós dois estamos interessados em luz, e tentando captu

Discoteca Básica; 'Forever Changes', Love (1967)

Imagem
Discoteca Básica; 'Forever Changes', Love (1967) Com o neopsicodelismo inglês, que vem desde a passagem da década (Echo & the Bunnymen, Teardrop Explodes, Monochrome Set) e até a recente consolidação das bandas assumidamente regressivas (Primal Scream, Weather Prophets, Primitives, Brilliant Corners, Razorcuts, Mighty Lemondrops, Shamen) - onde reconstitui-se com uma nova roupagem a estética dos anos 60 -, uma lado mais obscuro da geração psicodélica passou a ser fortemente reverenciado. Tornou-se fashion rebuscar as melhores doses de inspiração não apenas nos expoentes da West Coast music (Jefferson Airplane, Grateful Dead, Doors) como também nas bandas de folk rock (Buffalo Springfield, Byrds) e em obscuros e insólitos cult groups californianos como H.P. Lovecraft, Strawberry Alarm OÕClock, Spirit e Smoke. A mais cultuada e reconhecida fonte de idéias, entretanto, foi o Love, grupo criado pelo guitarrista/vocalista Arthur Lee, que em 64 largou su