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Disco da Semana; 'Stories from the City, Stories from the Sea', PJ Harvey (2000)

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Disco da Semana; 'Stories from the City, Stories from the Sea', PJ Harvey (2000) Se você procurar por aí, vai ver muita gente se referindo a Stories From The City, Stories From The Sea como o melhor disco de PJ Harvey desde o lançamento do excelente To Bring You My Love. Isso encontra justificativa no fato de que, depois de lançar o compacto supramencionado, o som de Polly Jean sofreu uma mudança repentina, cujo começo pode ser observado em Dance Hall At Louse Point, disco que a cantora lançou ao lado de John Parish no ano de 1996. Essa alteração estava relacionada a uma tentativa de imprimir um ar classudo nos registros da cantora. A produção se tornou mais bem arranjada e menos crua. Quem gostava da selvageria despreocupada de Dry, por exemplo, tinha tudo para torcer o nariz. Porque não se encontra mais aquela coisa seca (com o perdão do trocadilho), com cara de que foi feita em pouquíssimo tempo. Não há mais aquele ar de algo que quer ser verborrágico, esfregar alg

Favoritas da Casa; Courtney Barnett (Melbourne, Australia)

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Favoritas da Casa; Courtney Barnett (Melbourne, Australia) Courtney Barnett é uma das grandes expoentes da ótima cena indie australiana atual. Em 2013, aos 25 anos, a cantora, compositora e guitarrista conquistou a imprensa musical mundial com o lançamento independente de um EP através do selo próprio Milk! Records, que rapidamente garantiu um contrato com uma gravadora e a colocou na lista de melhor artista revelação do ano pela revista Rolling Stone e pelo jornal The New York Times. As letras espirituosas e sobre assuntos mundanos, a voz inconfundível e o jeito verborrágico (e desencanado) de cantar marcam seu estilo meio grunge, meio indie-rocker. Os excelentes singles “Avant Gardener” e “History Eraser” fizeram dela uma figura onipresente em festivais pelo mundo, em uma interminável turnê pela América do Norte e Europa, antes mesmo do seu álbum de estreia. Com “Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit”, lançado em 2015, foi destaque em todas as listas de m

Discoteca Básica; 'Autobahn', Kraftwerk (1974)

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Discoteca Básica; 'Autobahn', Kraftwerk (1974) Tentando ver de um jeito otimista, a falta de celebração em torno dos 40 anos de  Autobahn , clássico do Kraftwerk lançado em 1º de novembro de 1974, pode ser lida como um sinal de que a revolução que o disco representou já está totalmente assimilada e estabelecida. É como se a interação entre homem e máquina (a obsessão temática do grupo) e a artificialização do cotidiano fizessem parte da nossa vida como sempre fizeram, dispensando marcos comemorativos. Quando lançou  Autobahn , o Kraftwerk já tinha três LPs, conhecidos apenas dos fãs mais dedicados de art-rock, psicodelia, progressivo e música instrumental vanguardista. Lançados entre 1971 e 1973, dispensa dizer que eram autênticas “viagens”, mesmo antes que a dupla resolvesse se inspirar em passeios de carro, trem ou bicicleta para compor. Mas  Autobahn  providenciou um daqueles encontros do artista consigo mesmo, um esclarecimento de potencialidades e intenções como à

Música + Livros; 'Só Garotos', Patti Smith

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  Música + Livros; 'Só Garotos', Patti Smith (Leitura Online) Nova York vivia em ebulição. De suas ruas, casas de shows, livrarias e bares saiam rolos de fumaça psicodélica e emanações de libertação artística e sexual. Era o cenário ideal para os jovens artistas, poetas, roqueiros e intelectuais que buscavam novas formas de expressão e mudavam a todo momento a cara dos anos 60. “Só Garotos” descreve esse caldeirão cultural a partir de um olhar poético e engajado – o olhar de Patti Smith, musa dos primeiros passos do punk. Generosa com sua própria trajetória, ela estende a mão e convida o leitor a passear contra o vento pelas ruas de Manhattan. E revela sua bela história de amor com o então desconhecido Robert Mapplethorpe.  O livro aborda o período desde o nascimento de Patti e Robert -- ambos na segunda metade da década de quarenta, e segue até o final da década de oitenta, período em que Robert, já o famoso fotógrafo de nus provocantes, mo

Radiohead Webcast Compilation 1999/2007 (Playlist especial Spotify)

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Radiohead Webcast Compilation 1999/2007 (Playlist especial Spotify) Entre 1999 e 2007 o Radiohead fez algumas transmissões online no seu website oficial onde cada integrante escolhia algumas das suas músicas favoritas.] Aqui (graças ao Spotify), temos uma playlist com o que foi tocado. Enjoy it!

Discoteca Básica; 'Live at The Apollo', James Brown (1963)

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Discoteca Básica; 'Live at The Apollo', James Brown (1963) Se o verdadeiro e único Godfather é o "haaaaaardest working man in the show business" - como anunciam seus mestres de cerimônia há três décadas - "Live at the Apollo" é o melhooooooooor LP ao vivo na história do show business. Mas qual deles? Todos. Sim, porque existem três. O primeiro é absoluta lenda: gravado em dezembro de 62, saiu pela King, em janeiro de 63, e relançado pela Solid Smoke em 80. O segundo é um LP duplo, gravado em junho de 68; saiu pela King dois meses depois e foi relançado em 86 pela Rhino, da Califórnia, como dois LPs separados ("Live at the Apollo volume 2", parts 1 and 2). O terceiro também é um LP duplo, gravado em 21 e 22 de julho de 71, e lançado em dezembro do mesmo ano pela Polydor.  Qualquer brownnófilo sério precisa ter os três, claro (como a negada, que já o transformou no "the most sampled man in show business"). O tercei

Desconstruindo o Pop! Músicas de 2013

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Desconstruindo o Pop! Músicas de 2013 Depois da lista dos discos favoritos da casa em 2013 , chegou a vez das músicas preferidas no ano. Mais uma vez, direto e simples... Vamos lá!

Desconstruindo o Pop!; Discos de 2013

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Desconstruindo o Pop! Discos de 2013 Simples e direto. Vamos lá!  10. 'Monomania' Deerhunter Tracklist: 01 Neon Junkyard 02 Leather Jacket II 03 The Missing 04 Pensacola 05 Dream Captain 06 Blue Agent 07 T.H.M. 08 Sleepwalking 09 Back To The Middle 10 Monomania 11 Nitebike 12 Punk (La Vie Antérieure)   9. 'Modern Vampires of the City', Vampire Weekend  Tracklist: 01 Obvious Bicycle 02 Unbelievers 03 Step 04 Diane Young 05 Don't Lie 06 Hannah Hunt 07 Everlasting Arms 08 Finger Back 09 Worship You 10 Ya Hey 11 Hudson 12 Young Lion 8. 'New', Paul McCartney Tracklist: 01. Save Us 02. Alligator 03. On My Way To Work 04. Queenie Eye   05. Early Days 06. New 07. Appreciate 08. Everybody Out There   09. Hosanna   10. I Can Bet   11. Looking At Her   12. Road 7. 'Holy Fire', Foals Tracklist 01 Prelude 02 Inhaler 03 My Number 04 Bad Habit 

Discoteca Básica; 'A Love Supreme', John Coltrane (1965)

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Discoteca Básica; 'A Love Supreme', John Coltrane (1965)   Eleito "disco do ano" pela crítica especializada quando lançado, em 64, consagrado hoje por jazz rappers (na coletânea Red, Hot & Cool), A Love Supreme, a obra-prima de John Williams Coltrane (1926-1967), ultrapassa os limites de seu estilo e tem uma sintonia extraordinária com os anos 90. Talvez por ser um exemplo raro de expressão da espiritualidade na música moderna, Coltrane permanece a grande referência de todo músico interessado em desenvolver as técnicas de improvisação e, com isso, expressar "algo mais" por meio de seu instrumento.      Nos anos 50, John Coltrane cruzou seu sax tenor sucessivamente com os trompetes de Dizzy Gillespie e Miles Davis e com o piano de Thelonius Monk.Com o primeiro aprendeu a lidar com influências musicais do resto do mundo.Com o segundo,chegou à perfeição formal de sua expressão,enquanto o terceiro ensinou-lhe a ousadia. Além de gravar