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Videodrome; 'Nothing Compares 2 U', Sinead O'Connor (1990)

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Videodrome; 'Nothing Compares 2 U', Sinead O'Connor (1990) É um dos mais simples conceitos de música e vídeo de todos os tempos : um close na élfica cantora irlandesa Sinéad O'Connor , vestindo negro , cantando diretamente para a câmera . E é também o mais devastador. A canção é um lamento de um amante escrito por Prince e, como tal, conversa perfeitamente com o rosto simétrico de de O'Connor, com toques de nostalgia, raiva e tristeza . U ma esquizofrenia temporária familiar para quem já experimentou um rompimento significativo. Perto do fim, quando O'Connor canta: " Todas as flores que você plantou no quintal morreram quando você se foi' duas lágrimas rolam pelo seu rosto - o resultado , disse O'Connor depois, de sua tempestuoso relacionamento com sua própria mãe. Você é um robô se não se emocionar . É cru, intimista e inesquecível. Mais informações  www.sinead-oconnor.com/

Discoteca Básica; 'The Essential One & Only Jerry Lee Lewis', Jerry Lee Lewis (1985)

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Discoteca Básica; 'The Essential One & Only Jerry Lee Lewis', Jerry Lee Lewis (1985) Um minuto e 51 segundos. Foi o tempo que Jerry Lee Lewis demorou para contar certo por teclas tortas toda a história do rock'n'roll em "Great Balls Of Fire", o menor manifesto definitivo da música pop. Martelando seu piano, ele tornou-se o "Killer" ("assassino") que matava seis milhões de fãs com bolachas de menos de dois minutos. Porém, não há um álbum que contenha todas as obras-primas desse filho de Ferriday, na Louisiana, e aqui as coletâneas são violências necessárias para se conhecer toda a extensão de suas loucuras. The Essential One & Only Jerry Lee Lewis é uma das várias compilações com o melhor do estuprador de pianos, abrangendo material de 56 a 62. Óbvio: como ele sempre foi incomparável, qualquer uma delas teria suas ausências, aqui plenamente compensadas pelas vinte pérolas de Jerry Lee. Melodias que duravam men

Favoritos da Casa; Far From Alaska (Natal, Brasil)

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Favoritos da Casa; Far From Alaska (Natal, Brasil) Esse quinteto potiguar formado por Emmily Barreto (Vocais), Rafael Brasil (Guitarra), Cris Botarelli (Sintetizadores), Edu Figueira (Baixo) e Lauro Kirsch tem uma sonoridade que rompe barreiras geográficas e linguísticas. Oriundos de onde não se costuma ouvir notícias relativas a boa música e cantando em um Inglês além do perfeito e fluído, o FFA é um oásis na música alternativa brasileira. Taxa-los simplesmente de Stoner Rock, estilo frequentemente associado ao Queens of the Stone Age, é pouco. Não que a comparação não proceda, mas há um senso pop afiado e, claro, e chover no molhado rasgar seda para a voz de Emmily. Bluesy e sexy como PJ Harvey nos seus áureos e barulhentos tempos. A banda lançou sem primeiro álbum completo em 2014, chamado 'ModeHuman'. O que mais impressiona, é a quantidade de grandes canções do álbum.  Em 2018 a banda veio com 'Unlikely', gravado fora e com uma sonoridade mais a

Shows Completos; Wilco (Lowlands Festival, Biddinghuizen, Holanda - 19/08/2012)

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Shows Completos; Wilco (Lowlands Festival, Biddinghuizen, Holanda - 19/08/2012) Comemorando a recém anunciada turnê do Wilco pela América do Sul em 2016, vamos com um show completo de umas das melhores bandas surgidas no universo Pop nos últimos vinte anos no festival holandês de Lowlands, em 2012. Uma hora e meia de música para dar esperança a raça humana.  Confira o set list, e aguce sua vontade de ir ao show; Via Chicago Art Of Almost I Might I Am Trying To Break Your Heart One Wing Bull Black Nova Side With Seeds Handshake Drugs Wishful Thinking War On War Impossible Germany Born Alone *Laminated Cat *Radio Cure *Say You Miss Me Whole Love *Box Full Of Letters *I'm Always In Love *Heavy Metal Drummer I'm The Man Who Loves You Dawned On Me A Shot In The Arm *Hummingbird *Late Greats I'm A Wheel (Info, o show não está completo no vídeo. A transmissão cortou as  músicas m arcadas)

Música + Livros; 'Vida : A Autobiografia', por Keith Richards

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Música + Livros; 'Vida : A Autobiografia', por Keith Richards (Download + Leitura Online)  Boas histórias, quando bem contadas, podem ser desfiadas várias vezes. Vida, o calhamaço de 600 páginas em que Keith Richards relata sua trajetória, tem esse mérito. Em tom confessional – por vezes bem-humorado, noutras sarcástico e em alguns momentos tristonho e nostálgico –, o guitarrista, vocalista, compositor e cofundador dos Rolling Stones traz a público sua própria versão para casos que são conhecidos de quem acompanha a superbanda de rock.  Os primeiros anos dos Stones, o envolvimento com as drogas, talvez a parte mais folclórica de sua vida, os escândalos de todos os níveis, principalmente os sexuais, as prisões, as gravações de discos antológicos. Tudo isso, de certa maneira, já foi escrito e relatado por jornalistas entre os vários livros já publicados sobre o grupo. Mas, Vida apresenta o que nenhum outro conseguiu: mesmo tendo sido escrito em parceria com um jorna

Discoteca Básica; 'The Modern Lovers', The Modern Lovers (1976)

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Discoteca Básica; 'The Modern Lovers', The Modern Lovers (1976) Do punhado de pessoas que já ouviram falar em Jonathan Richman, a maior parte delas ficou conhecendo seu nome através da gravação de "Roadrunner", feita pelos Sex Pistols, na trilha de "The Great rock'n'roll Swindle". A história do garoto que, com o seu carro em alta velocidade com o rádio ligado, se descobriu um "apaixonado pelo mundo moderno", botou os discípulos do levante punk para caçar os disco deste precursor de Boston, Massachussets. Uma missão quase impossível - achar os discos de Richman e sua banda, os Modern Lovers - mas que, uma vez cumprida, trazia a recompensa de se encontrar o verdadeiro elo perdido entre o Velvet Underground, os Stooges e a renascença do rock'n'roll nova-iorquino, que foi puxada pelos New York Dolls no início dos anos 70. Nada comprovava melhor o caráter pacifista dos hippies do que o fato de Richman não ter sido

As Favoritas de... Joseph Mount (Metronomy)

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As Favoritas de... Joseph Mount (Metronomy) Joseph Mount, vocalista do Metronomy, tem,  musicalmente, uma dívida de gratidão para com sua irmã mais velha, Alice. Na escolha de seis das canções que moldaram a sua vida até agora, eleadmite que muitas vezes era Alice que iria passar em seu conhecimento de música ao mesmo tempo novo e ... bem, não tão legal. Mas a troca criativa não estava completamente unilateral. 'Consegui me redimir depois', confirma. Os comentários sobre as canções, em Inglês, podem ser conferidos aqui . Para completar a playlist original, adicionamos algumas versões originais de covers que o Metronomy fez ao longo da carreira. Confira; Tracklist; 01. 'The Locomotion', Kylie Minogue 02. 'Down by the Water', PJ Harvey 03. 'El Scorcho', Weezer 04. 'Blue Flowers' Dr. Octagon 05. 'Needles & Pins', The Ramones 06. 'The Jungle Line', Joni M

Disco da Semana; 'Currents', Tame Impala (2015)

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Disco da Semana; 'Currents', Tame Impala (2015) Não demorou quase nada para que o Tame Impala tomasse um avião para fora da Austrália e começasse a ocupar palcos cada vez maiores e mais importantes na Europa, nos Estados Unidos e até na América do Sul (embora não tenham se apresentado ainda para uma vultuosa plateia em terras brasileiras, já fizeram três shows por aqui). Antes de saírem da Austrália, a internet contribuíra para que as músicas de  Innerspeaker  (2010) ganhassem admiradores da volta psicodélica ao rock que o álbum propunha. Foi em um festival de verão americano, exibido pelo YouTube, que vi o Tame Impala ao vivo pela primeira vez. De cabelos soltos colados no rosto por causa do vento, com um belo timbre de voz e os sons viajantes da turnê de  Lonerism  (2012), Kevin Parker, o frontman da banda, lembrava muito um jovem David Gilmour tocando e cantando para ninguém no clássico show do Pink Floyd nas ruínas italianas de Pompéia. E há algo de Pink Floyd

Discoteca Básica; '#1 Record', Big Star (1972)

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Discoteca Básica; '#1 Record', Big Star (1972) Há momentos em que Deus escreve torto por linhas certas. Num deles, o Big Star surgiu e em pouco tempo desapareceu. Tudo começou na lendária Memphis, berço do blues, rockabilly e soul, onde Alex Chilton, um garoto de 16 anos, começa a sua errática carreira à frente dos Box Tops, um grupo de blue eyed soul, à maneira dos Righteous Brothers. Lançaram "The Letter" em 67 que ficou quatro semanas no topo da parada americana. Seguiram-se mais seis sucessos, turnês com Beach Boys, com Doors e muitos desentendimentos, até que ele abandonou a banda em pleno palco, durante um show, no fim de 69.  Parecia que não tolerava que produtores lhe dissem o que fazer. Por isso preferiu seguir solo. Gravou várias demos (depois recolhidas na compilação "Lost Decade") e partiu com a cara e a coragem para Nova York, como folksinger. Não deu certo. Voltando a Memphis, encontrou-se com o antigo colega de escola, Chris Bell - t

Música + Cinema; 'Velvet Goldmine' (1998)

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  'Velvet Goldmine' Dirigido Por Todd Haynes A  purpurina  é o sal do rock. Sem ela, estaríamos até hoje escravos dos dinossauros progressivos da década de setenta. E essa ruptura se passou no meio dos anos setenta. Comandados por artistas como Marc Bolan, Lou Reed e Roxy Music, o chamado Glam Rock, só escancarou de vez o batom com David Bowie, e seu projeto com a banda Spiders from mars. Ali, mais uma vez, o underground encontrava o mainstream. Cocaína e homossexualismo demais fizeram Bowie vetar suas músicas no filme, que não conseguiu usar os nomes reais, criando um universo fictício, porém nítido, da década de setenta inglesa. E realmente, Bowie, interpretádo por Jonh Rhys Meyers, abusa da trindade 'sexo/drogas/rock' que guiou e minou carreiras durante o período. O mais engraçado é que mesmo não tendo nenhuma de suas músicas executadas no filme, os clássicos não fazem a miníma falta! Ponto para o diretor. O maior motivo