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Desconstruindo o Pop! Playlist # 50; 'If You Open a Window Sometime'

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Desconstruindo o Pop! Playlist # 50; 'If You Open a Window Sometime'

Discoteca Básica; 'Closer', Joy Division (1980)

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Discoteca Básica; 'Closer', Joy Division (1980) O Joy Division influenciou de maneira definitiva o rock da década de 80. A força de sua música consistia em resgatar o espírito soturno de preciosas antigüidades como Doors, Velvet e Stooges e aliá-lo ao som inovador feito por Bowie (na fase alemã) e Kraftwerk nos anos 70. Tudo isto dentro de um estilo próprio que, a princípio, lidava com elementos do punk, e depois evoluiu para uma espécie de antítese de heavy metal mesclada a sons sintetizados. Através de componentes sonoros "normais" e despojados, eles transformavam a soma de pequenas partes em um grande todo.  Ian Curtis (voz), Bernard Albrecht, ou Sumners (guitarra e teclados), Peter Hook (baixo) e Stephen Morris (bateria) jogavam a última pá de terra sobre o romantismo do rock. Não há resquícios de "paz, amor e esperança" nas letras de Ian Curtis. Elas são apenas observações sobre a condição humana em um mundo dominado pela miséria e o desespe

Desconstruindo o Pop! Playlist # 49; 'You knew I couldn't hold my words, even though I wanted to'

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Desconstruindo o Pop! Playlist # 49; 'You knew I couldn't hold my words, even though I wanted to' 

Discoteca Básica; 'Low', David Bowie (1977)

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Discoteca Básica; 'Low', David Bowie (1977)  "Low", lançado em 14 de janeiro de 1977, foi o primeiro disco da famosa "Trilogia de Berlim" que David Bowie fez em colaboração com Brian Eno e Robert Fripp, ex-membros do Roxy Music e King Crimson respectivamente. Os outros dois álbums são "Heroes", também lançado em 1977, e "Lodger", de 1979. O ano levante punk, 1977, foi fundamental para a história do rock. Mas David Bowie já pressentia, quatro anos antes dessa subversão explosiva, os sintomas da estagnação. Foi quando trocou a Inglaterra - onde reinava absoluto - pela América. Bowie chegou à América dando entrevistas nas quais chamou o rock de "música de gente burra". Anunciou sua adesão à carreira de ator e à soul music "plastificada" do sul dos Estados Unidos. Acabou sendo, portanto, um precursor da discothèque. Depois de dois anos do lado de cá do Atlântico, ele faz as malas e parte para B

Desconstruindo o Pop! Playlist # 48; 'Chew me out when I'm stupid'

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Desconstruindo o Pop! Playlist # 48; 'Chew me out when I'm stupid' 

Música + Cinema; Love & Mercy – The Life, Love and Genius of Brian Wilson, de Bill Pohlad

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Música + Cinema; Love & Mercy – The Life, Love and Genius of Brian Wilson, de Bill Pohlad  Este conto bifurcado de períodos distintos da vida do Beach Boy Brian Wilson funciona como dois filmes diferentes - dissonante melodias entrelaçadas em discórdia harmoniosa.  Na primeira parte, ficamos maravilhados com o retrato estranho de Wilson feito por Paul Dano, durante os anos sessenta, tão espetacular que nos perdemos até em encontrar quando é a voz de um e quando é a de outro, deslumbrado com a construção incrivelmente autêntica da aparência, parecendo até uma imagem de arquivo. Na segunda, com a caracterização de John Cusack para a versão oitentista de Wilson, me perguntei se toda aquela semelhança realmente importou. A metáfora de que um não era mais o outro me ocorreu. A  ficção de um conto sobre os últimos dias do triunfo do amor sobre o loucura e corrupção. Estas duas vertentes não se entrelaçam com facilidade, mas como os acordes contra-intuitivos e justapos

Discoteca Básica; 'From Nowhere', The Troggs (1966)

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Discoteca Básica; 'From Nowhere', The Troggs (1966) Com essa onda de dinossauros familiares e jurássicos, nada mais oportuno que lembrarmos um grupo inglês troglodita até no nome: eles mesmos, os Troggs, que começaram em 1965 - pois é, estão para completar 30 milhões de anos de bons serviços ao rock'n'roll - e sempre fazendo os Sex Pistols parecerem o Yes.  O nome Troggs ("troglodytes") não poderia ser melhor: nenhum outro grupo reuniu tão bem a simplicidade primal, a garra e a espontaneidade, nem apresentou uma trilha sonora tão eficiente para a satisfação dos (usando outra expressão em voga por aí) "básicos instintos". Reg Presley, vocalista e principal compositor dos Troggs (além de ex-baixista e pedreiro!), sempre manifestou em relação às melhores a filosofia de Baby Sauro: se não é a mamãe, precisa me amar! Só que o sexismo de Reg soa de uma pureza bem diferente do machismo cego de Jagger, Lennon no início ou Zappa no final. Quando

Desconstruindo o Pop! Playlist 47; 'You're not alone, waiting by the telephone'

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Desconstruindo o Pop! Playlist 47; 'You're not alone, waiting by the telephone'

Discoteca Básica; 'Os Mutantes', Os Mutante (1968)

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Discoteca Básica; 'Os Mutantes', Os Mutante (1968) A conhecida "falta de memória nacional" nada mais é do que a falta de disposição, compreensão e competência das instituições - desde o governo até a imprensa especializada - em apoiar a produção e a preservação da cultura brasileira. Não é à toa que muita gente busca no rock americano ou inglês a sua fonte única de inspiração e conhecimento, enquanto as pérolas da MPB permanecem no esquecimento. "Que pérolas?", pergunta o leitor, atarantado. Pois é. A MPB está na pior - não temos qualquer música vital, forte ou espirituosa. Mas há vinte anos não era assim. Houve a bossa nova, a tropicália (anote aí: "bossa nova" não é uma invenção da vanguarda londrina), coisas que poderiam dar um forte impulso ao rock nacional, em sua busca de identidade. Realmente, não é justo que só a tal "geração AI-5" tenha conhecido o primeiro LP dos Mutantes, lançado em 68... eis as pérolas!

Desconstruindo o Pop! Playlist 46; 'All it takes is one bad day to reduce the sanest man alive to lunacy'

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Desconstruindo o Pop! Playlist 46; 'All it takes is one bad day to reduce the sanest man alive to lunacy';

Música + Cinema; Três documentários... Três bandas

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Música + Cinema; Três documentários... Três bandas Documentários são sensacionais. Ponto. É a história contada realisticamente, porém, sempre, obviamente, com um ponto de vista. E documentários sobre musica, pra mim, são sempre mágicos. E aqui estão três exemplares deles. "Rush - Beyond The Lighted Stage" (de Sun Dunn e Scott McFayden, 2010)  Há algum tempo atrás, li uma resenha sobre esse documentário escrita pelo André Barscisky e seu blog onde ele conseguiu resumir exatamente o lado legal desse filme; O Rush, banda que sempre foi esculhambada pelos críticos, fez um documentário tentanto provar o quão cool eles eram. Só que na cena final, onde vemos a banda tocando para uma platéia lotada e entusiasmada quase 35 anos depois de terem começado, o cenário o palco eram vários fornos para assar frango (?!?!?!). Ou mais conhecidos como "Televisão de Cachorro". Mesmo quando a moda era ser meio brega, o Rush conseguia ser além do brega. Fez discos c

Discoteca Básica; 'Trout Mask Replica', Captain Beefheart & His Magic Band (1969)

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Discoteca Básica; 'Trout Mask Replica', Captain Beefheart & His Magic Band (1969) "O Capitão Coração-de-Boi" - nome verdadeiro: Don van Vliet - nasceu em Glendale, Califórnia (em 1941) e formou sua primeira Magic Band em 64. Sua música é única e de importância histórica já reconhecida. Na lista de "100 melhores LPs de todos os tempos" - publicada no New Musical Express, em 85 -, Beefheart recebeu votos para oito de seus discos, perdendo apenas para os Beatles (com onze) e Bob Marley (dez).  O Trout Mask Replica, "Réplica de Máscara de Truta" - um álbum duplo e seu terceiro lançamento - partiu de um convite de Frank Zappa, o produtor, para que Beefheart gravasse em seu selo Straight. O Capitão recebeu controle artístico total e tempo de estúdio praticamente ilimitado. Muita gente o considera a conquista mais importante na música desde que o homem primitivo bateu, pela primeira vez, duas pedras uma na outra. As principais infl

Descostruindo o Pop! Playlist 45; 'A smile spreads to another and another after that'

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Descostruindo o Pop! Playlist 45; 'A smile spreads to another and another after that'