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Mostrando postagens de junho, 2016

Música + Livros; 'Tocando a Distância - Ian Curtis & Joy Division', de Deborah Curtis (1995)

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Música + Livros; 'Tocando a Distância - Ian Curtis & Joy Division', de Deborah Curtis (1995) (Leitura Online); Na manhã de 18 de maio de 1980, Deborah Curtis encontrou o marido (o casal estava se divorciando, mas os papéis não haviam sido assinados) enforcado na cozinha do casal em Macclesfield, cidade vizinha de Manchester. O último gesto do vocalista do Joy Division colocou ponto final em uma vida breve (ele tinha 23 anos) e Deborah tenta entendê-lo neste livro lançado originalmente em 1995 na Inglaterra. “Tocando a Distância” humaniza Ian Curtis ao mesmo tempo em que o mitifica. Segundo a esposa, Ian era ciumento e possessivo (ele fazia cenas quando ela usava roupas decotadas e saias curtas tanto quanto a proibia de conversar com homens e amigas de escola).  Deborah também questionava o conteúdo nazista da banda (“Joy Division era como os nazistas chamavam as prisioneiras mantidas vivas para serem usadas como prostitutas pelo exército alemão. (…) Era repugnante

Música + Cinema: 'Boyhood', de Richard Linklater (2014) + Playlist: 'The Beatles' Black Album', por Ethan Hawke

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Música + Cinema: 'Boyhood', de Richard Linklater (2014) + Playlist: 'The Beatles' Black Album', por Ethan Hawke Acho difícil pra caramba escrever sobre Boyhood. Em poucas palavras, ficarei bastante surpreso caso veja algo melhor nos cinemas em 2014. O filme foi produzido ao longo de 12 anos por Richard Linklater. Com os mesmos atores, ele contou 12 anos da vida de uma família, focando no crescimento de um dos filhos. Ele começa com o garoto aos seis anos, com os pais recém-separados, e segue até os 18. O ponto é que esse esforço todo do Linklater para filmar ao longo de mais de uma década é quase detalhe quando o filme é projetado. A passagem é tão sutil que as vezes nem lembramos que estamos vendo o tempo passar de verdade na tela. Foda demais. Quando o protagonista já tá lá pelos 15 anos o pai dele dá de presente para o garoto uma coletânea dos Beatles. O nome da mixtape presente no cd é Black Album e reúne as principais obras dos quatro Beatles após

Discoteca Básica; 'Suicide', Suicide (1977)

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Discoteca Básica; 'Suicide', Suicide (1977) Eles formavam um par esquisitão: Martin Rev (teclados) era um experimentalista que tivera lições formais com o beboper Lennie Tristano, enquanto Alan Vega (voz), de ascendência hispânica e polaca, se iniciara nas artes como escultor, criando peças apenas com os estilhaços de lâmpadas quebradas. Em 71, ano de ascensão de bitter sweet rock e da derrocada dos mega festivais pop, a lapidar frase "the dream is over" - que o ex-Beatle acabara de enunciar - parecia justificar a criação do Suicide: um pesadelo escuro como breu que no futuro tornar-se-ia o modelo para 99% das bandas ligadas à eletrônica (das brigadas tecno da década passada à entourage cyberpunk hoje entrincheirada no selo Wax Trax, todos, sem exceção, devem tributo à dupla). Naquela época, Vega vivia num ateliê em Manhattan - um lugar podre, aberto 24 horas por dia para um seleto bando de heroinômanos, bêbados e degenerados em geral. Um belo dia,

Disco da Semana; 'International Velvet', Catatonia (1998)

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Disco da Semana; 'International Velvet', Catatonia (1998) Você conhece alguma coisa do País de Gales? Gente famosa? Bem, conhece sim. Anthony Hopkins, Catherine Zeta Jones, Tom Jones... e.... bem, só. Na música O Manic Street Preachers e o Super Furry Animals... Mas em 1998, você poderia ter se apaixonado por uma banda de lá. Uma banda Pop; O Catatonia. Com melodias estridentes cantadas pela deusa cachaceira Cerys Mathews e um  instrumental  que misturava rock experimental com tradicionalismo celta, quase resultando numa espécie de Pato Fu, a banda tinha tudo para conquistar o mundo. Bom, pelo menos durante alguns meses isso aconteceu. E, bem... No mundo chamado Inglaterra. Com 'Mulder & Scully' e 'Road rage', os dois hits desse disco, a banda ensaiou uma invasão americana, que nunca aconteceu é claro. Mas o disco sobrevivia sem essas músicas, e isso é o que chamava a atenção Os lindos violões de 'Game On' e 'Johnny Come La

As Favoritas de... Eddie Vedder (Pearl Jam)

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As Favoritas de... Eddie Vedder (Pearl Jam) Pode-se acusar o Pearl Jam de várias coisas. Muita gente não gosta. Mas uma coisa que não se pode falar dos caras e, principalmente, do vocalista Eddie Vedder, é que eles tem mau gosto musical. Nessa lista, Vedder escala seus discos preferidos, surpreedendo muita gente. Aproveitamos e montamos uma playlist listando algumas músicas dos mencionados junto com alguns bonus tracks de canções que a banda fez versões ao vivo. Primeiro, a lista; 1. 'The Third Album', The Jackson Five 2. 'The White Album', The Beatles 3. 'Tommy', The Who 4. 'Road to Ruin', The Ramones 5. More Songs About Buildings and Food', The Talking Heads 6. 'Music and Rhythm', Vários Artistas 7. 'Daydream Nation', Sonic Youth 8. 'Insignificance', Jim O'Rourke 9. 'Thirteen Songs', Fugazi 10. 'Screaming Life/Fopp', Soundgarden 11. 'Mudhoney', Mudhoney

Discoteca Básica; 'Music For The Big Pink', The Bands (1968)

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Discoteca Básica; 'Music For The Big Pink', The Bands (1968) The Consuls, The Rocking Revols, Thumper And The Trombones, The Jungle Bush Eaters, The Roots e The Capters - foi a partir desses grupelhos de nomes engraçados criados no big bang do rock'n'roll dos anos 50, que surgiu o embrião da formação que nos daria alguns dos momentos mais sublimes da música pop: The Band. Ainda adolescentes, Jaime Robbie Robertson (guitarra), Richard Manuel (piano), Rick Danko (baixo) e Garth Hudson (órgão) - todos canadenses - se uniram a Levon Helm (bateria, vindo do Arkansas) para acompanhar o cantor Ronnie Hawkins. Rocker mediano, mas um tremendo cascateiro (uma de suas histórias favoritas era que ele colhia algodão ao lado de Bo Diddley!) e boa-praça, Hawkins soube guiá-los por todos os mafuás do Canadá. Logo, o grupo - nomeado The Hawks - tornou-se expert nos instrumentos, sendo capaz de levar de cor e salteado standards de r&b, bluegrass, rockabilly e out