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Mostrando postagens de agosto, 2016

Músicas para sentir; 'Anarchy in the UK', Sex Pistols

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Músicas para sentir; 'Anarchy in the UK', Sex Pistols Jovens bem sucedidos. Dinheiro no bolso. Casa própria! Dono do nariz e de sí mesmo. Somos a contra-cultura! Temos defeitos? Pensamos demais? Quando ficamos velhos como nossos pais? Quando nossa revolução acaba? Quando nos tornamos obtusos? Do que serve ler Kafka? Do que serve entender poesia? O que tenho de interessante? Sou um velho perfeito! Sou jovem agora. Manias, doenças e neuroses são um badalo juvenil. Sou eterno! Minha ignorância é minha impulsão. Livre e cheio de gás. Pronto pra vida e pra esquecer que ela passa. Quero os dias todos para mim. Correr por eles. Sem saber para onde vou. Eu escolho não morrer.

Disco da Semana; '12 Memories', Travis (2003)

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Disco da Semana; '12 Memories', Travis (2003) Apesar de ser considerado 'Indie' por estas bandas, o Travis foi uma banda extremamente popular no Reino Unido entre o final da década de noventa e início dos dois mil. Em  '12 Memories' , quarto disco de estúdio dos  escoceses   é mais uma pepita pop, feita sob medida para o gosto do público britânico; Melodias assobiáveis, violões lindamente gravados e letras com teor 'fossa-pós-pé-na-bunda'. Parece conteúdo de banda de sertanejo? Bom, até é. Mas não se esqueçam que britânicos aprendem com  Beatles  e  Smiths , e brasileiros aprendem com  Caetano  e  Gil ... O disco abre com três singles fantásticos;  'Quicksand' , com sua levadinha, mais uma vez,  Beatles .  'The Beautiful Occupation' , numa melodia que até dói de tão bonita.  'Re-Offender' , mais uma oferenda aos deuses do pop. Nas demais, a banda oscila. Uam bela balada que já havia sido lançada ( 'Love W

Discoteca Básica; 'Megachic - The Best of Chic', Chic (1979)

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Discoteca Básica; 'Megachic - The Best of Chic', Chic (1979) Du-tu-ru-dum... não, não dá. Eu queria tentar descrever no papel uma linha de baixo do Chic, a coisa inacreditável que é, o que faz em você. Mas é inútil, só ouvindo. Vejamos, "Everybody Dance", por aproximação: uma jamanta acelerando, estacionada, para em seguida disparar em alta velocidade, passando por dentro de sua cabeça como um tiro, dar um cavalo-de-pau mais adiante e voltar com o mesmo impacto. E assim por diante. Como todo hit do Chic contido nesta coleção, a linha de baixo é um caso de polícia. O baixo gigante, com vida própria, nasceu nos 60, graças a dois fatores. Primeiro: James Brown - diminuiu a porcentagem de quase tudo - metais, guitarras - para um mínimo necessário em favor do ritmo bruto do baixo e da bateria. Segundo: Motown - inventou a linha independente de baixo. Repare, antes dela todo baixo corria juntinho com a batida como suporte. Ouça músicas como "You Can

Música + Cinema; 'Whatever Happened, Miss Simone?' (2015), de Liz Garbus

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Música + Cinema; 'Whatever Happened, Miss Simone?' (2015), de Liz Garbus  Nina Simone  foi uma das artistas mais poderosas e influentes da sua época, mas, ao mesmo tempo, era uma pessoa comum como eu e você: com dúvidas, inseguranças, incertezas e frustrações. É exatamente este lado humano que o documentário  What Happened, Miss Simone? , dirigido por Liz Garbos, produzido pelo Netflix e disponibilizado para seus assinantes nesse final de semana, aborda com tanto respeito. Com relatos de seu ex-marido, sua filha, amigos de banda e de vida, o documentário narra a vida de Nina desde sua infância pobre na Carolina do Norte – quando ainda se chamava Eunice Waylon – a ascensão e queda de sua carreira na década de 60, até o fim de sua vida na França. O retrato é de uma artista brilhante, inteligente, criativa e altamente sensível a tudo que acontecia a sua volta. Nina Simone era conhecida por ser uma mulher independente, decidida e de pulso firme, com uma personalidade marc

Desconstruindo o Pop! 10 artistas que você deveria conhecer

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Blossoms (Stockport, Inglaterra) Eles são descaradamente indie, mas com ambição de ser mais pop. Uma mistura de Arctic Monkeys com Abba, o que parece improvável, ou o tipo de coisa que bandas jovens dizem quando estão disputando a atenção. Mas não é que a descrição faz sentido? Teclados e sintetizadores, com linhas de baixos marcantes e melodias grudentas, tudo embalado por um aspecto do Rock Inglês oitentista no contexto da cena de 'Madchester', do início dos noventa 'Queremos ser tão grandes quanto os Smiths... Ou o Will Smith!' brinca o vocalista Tom Ogden. Frase que poderia ter saído de um dos bardos dos anos noventa, como Noel Gallagher ou Damon Albarn. Há no Blossoms um pouco desse espírito desbocado. Ufa! Confira 'Blown Rose' Mais informações;  Facebook  Twitter  Songkick  YouTube  www.blossomsband.co.uk Le Roy (Munique, Alemanha) Música eletrônica DYI e Low-Fi. O 'Faça você mesmo' do Pun