Desconstruindo o Pop! 10 Artistas que você deveria conhecer;




Curtis Harding (Atlanta, Georgia)

Há algo de 'misturado' na Soul Music de Curtis Harding; Apesar do apelo natural ao estilo Al Green de fazer música negra americana, seu primeiro trabalho, 'Soul Power', é direto, sem as firulas computadorizadas que os representantes modernos do estilo tem adicionado á mistura nos últimos anos, Harding é 'old-school'. Crú e básico. 

Apesar de ser baseado em Atlanta, ele é oriundo de Michigan, e apesar do som, tem uma queda por Punk Rock e sons de garagem. Tem projetos paralelos com os barulhentos Black Lips e com a banda de metal alternativa Mastodom e isso, de alguma maneira pouco óbvia, reflete no seu som. Como de 'Roadhouse Blues', versão dos Doors para o clássico de Willie Dixon, tivesse retomado sua negritude.

O Soul está em boas mãos.

Confira o vídeo para 'Keep On Shining' e o streaming completo do álbum no Soundcloud;





     

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Life In Film (Hackney, Inglaterra)

A banda, formada por Samuel Fry (Vocais e guitarras), Edward Ibbotson (guitarras), Dominic Sennétt (baixo), e Micky Osment (bateria), foi formada em 2008 e lançou apenas um EP, 'Needles & Pins', em em 2012, com cinco faixas. Entre elas, a faixa-título, uma verdadeira pepita Indie-Pop que só a terra da rainha consegue produzir aos montes. Influências nítidas de Smiths e Joy Division, porém, com uma levada mais tranquila e uma sonoridade leve.

Confira 'Needles & Pins'


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lifeinfilm.sandbag.uk.com/Store/DisplayItems.html







Drenge (Castleton, Inglaterra)

Um duo de blues-rock punk britânico, obcecado com cinema avant-garde dinamarquês, que soam como  se os Black Keys tivesse sido gerados no auge do Grunge, no início da década de noventa.

Os dois irmãos, Eoin e Rory Loveless espancam guitarra e bateria como se o White Stripes estivesse abrindo para o Nirvana. O Drenge (que significa 'garotos' em dinamarquês), vem tocando em todos os festivais bacanas na Europa e seguiram para a América para iniciar a club tour, elogiadíssima por sinal.

O único álbum, que leva o nome da banda, é do ano passado e gerou três singles bacanudos. Uma das apostas da casa para banda mais interessante do ano.

Confira o vídeo para 'Backwaters'


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Lianne La Havas (Londres, Inglaterra)

Oriunda de Streetham, bairro tradicionalmente artístico de Londres, filha de mãe musicista negra e pai grego, Lianne La Havas aprendeu guitarra e piano muito cedo, ainda na pré-adolescência. Escreveu sua primeira canção aos onze anos.

Porém, não estamos falando de simplesmente um 'talento precoce', até porque, aqui não é um desses programas que tratam a arte como competição. Lianne, além de talentosíssima, expressa sua arte de maneira extremamente pessoal.

Dona de uma voz aveludada típica da Soul Music tradicional, podendo até ser comparada com algumas divas do Pop atual em alguns momentos, seu direcionamento musical não poderia ser tão oposto. O que sai de seu primeiro e, até agora, único trabalho, 'Is Your Love Big Enough?', de 2012, é um folk/soul doce-amargo. Lírico e lúgubre. 

Um novo trabalho está prometido para o final desse ano. Enquanto isso, vamos assistir três vídeos, dois dos singles, 'Forget' e 'No Room For Doubt', que mostram bem as diferenças no seu trabalho, e uma versão inacreditavelmente boa de 'Weird Fishes/Arpeggi', do Radiohead. 





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https://twitter.com/liannelahavas





Car Seat Headrest (Seattle, USA)

Mais uma 'banda-de-um-homem-só', o Car Seat Headrest é Will Toledo e tem tudo para ser o mais novo darling da cena Indie americana. Trabalhando sob o cultuadíssimo selo Matador, ele divide seu som entre as melodias assobiáveis dos anos sessenta e a pegada mais glamorosa e Pop do Indie 2000. Killers meets Beach Boys, entende? Harmonias iluminadas pelo sol sob uma cama barulhenta de guitarras dissonantes e ansiosas em explodir. 


Desde 2010, ele vem lançando singles e EP's menores, e o ano passado, veio o álbum 'Teens of Style', que angariou lugares em listas de melhores do ano. Mais um disco novo está prometido pra esse ano, 'a continuação 'Teens of Denial'.

Confira




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https://soundcloud.com/car-seat-headrest




Mitski (Brooklyn, Nova Iorque)

A estreante Mitski Miyawaki acaba de lançar seu álbum "Bury Me At Make Out Creek ', que divaga sobre as brutalidades enlouquecedora do amor e as formas mais distantes da loucura que nos empurra em todas as direções. "Uma palavra sua e eu pularia fora dos limites', ela se compromete sobre teclados melancólicos de 'First Love/Spring Late'. Depois, suspira que "um amor que cai tão rápido quanto um corpo"sobre guitarras noise-pop em 'Townie'. Os ecos difusos em "Myra Lee" podem lembrar Cat Power. O álbum é um registro que não puxa seu coração tanto quanto impiedosamente o martela.

'I Will' é um dos momentos mais doces do álbum: Mitski pleiteando um amante sobre uma linha de baixo envolta de teclados. Seguem 'First Love/Spring Late', em vídeo ao vivo e o player da faixa 'I Will' no Soudcloud. Amantes de Cat Power, com uma pitadinha de Joy Division, PJ Harvey e Velvet Underground, vocês não vão se arrepender. 



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mitski.bandcamp.com/




I Break Horses (Estocolmo, Suécia)

Os suecos do I Break Horses foram formados em 1998 por Maria Lindén e Fredrik Balck, em (claro!) uma universidade de artes. O som do duo é eletrônico e minimalista. Mesmo rementendo a vários outros artistas dos anos 2000 e 90, a maior influência é, nitidamente, Kraftwerk.

O primeiro álbum, 'Hearts', de 2011 arrancou elogiosas críticas tanto na europa quanto nos EUA e  esse mês que vem sai 'Chiaroscuro', segundo e aguardadíssimo álbum.

Veja o vídeo de  'Winter Beats';




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Nancy Elizabeth (Manchester, Inglaterra)

Mesmo não sendo exatamente nova (seu primeiro trabalho é de 2006), Nancy Elizabeth pode ser considerada uma novidade, pois ainda não atravessou as dimensões do Reino Unido. Dona de uma voz melancólica e multi-instrumentista, a primeira referência que alguns podem alcançar de sua música, em termos de comparações, é com a também britânica Florence Welch, já que são até contemporâneas.

Seu último trabalho, 'Dancing', foi totalmente produzido em sua cidade adotiva, Manchester, fonte de inesgotável inspiração para ela, principalmente em gente como Stone Roses e Happy Mondays, de quem ela se declara fã incondicional.

Fique com o vídeo para 'Simon Says Dance';

 

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Tobias Jesso Jr. (Vancouver, Canada) (REPOST 2015)

O canadense Tobias Jesso Jr. é um deslocado no tempo. Antigo baixista da banda The Sessions, ele resolveu redirecionar sua carreira e o resultado é 'Goon', álbum recém-lançado e que, basicamente, não tem uma linha de melodia que não tenha saído da década de setenta.

O disco, que tem recebido resenhas elogiosas onde quer que tenha sido ouvido, não vem em camadas; É direto no lirismo e no romanticismo. A sinceridade romântica é tanta que comove. Mas não é piegas. Um Elton John encontrado a melodia de um Big Star. Um Paul McCartney ainda apaixonado por Linda. A fragilidade é acentuada em cada nota do piano. Não há guitarras. Não há subterfúgios.

Ouvir o disco te dá uma sensação cinemática. As músicas estão ali, esperando um filme usá-las. 

Desde já, um dos discos do ano.

Confira o vídeo para 'How Could You Babe'



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https://www.facebook.com/tobiasjessojr





Hannah Lou Clark (Londres, Inglaterra)

"Espere até que encontremos nossos pés", promete Hannah Lou Clark em "Kids In Heat ', pronunciando sobre um violão solitário que oscila entre a doçura e algo mais sinistro. Certamente parece que ela encontrou algo em 'Silent Type', seu primeiro EP que passeiapelo tédio suburbano a lá Bukowski ('você pode ver o marasmo em nossos rostos', ela rosna na hipnotizante faixa-título). Uma estréia sublime.

Confira o EP abaixo.

 

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