Desconstruindo o Pop! 10 artistas que você deveria conhecer



Whitney (Chicago, USA)

'Precisão desleixada'; Essa talvez seja a melhor definição para o Whitney, quarteto formado por Julien Ehrlich (bateria e vocais), Max Kakacek (guitarras), Ziyad Asrar (teclados e samples) e Will Miller (trompete). Reminiscentes de algumas bandas levemente reconhecidas no cenário underground local (como Smith Westerns e o Empty Touchings), e um ex-membros da celebradas bandas indie Unknown Mortal Orchestra e Foxygen. 

O som é um Soul suave e doce. Flutua por um Pop quase praiano e cool ao mesmo tempo.
'No Woman' abre o álbum com teclados Rhodes, um triste trompete e uma voz melancólica que contorna o perímetro de folk country com alma negra. E é só a primeira faixa. Confira;



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Virgin Suicide (Silkeborg, Dinamarca)

'A Nostalgia é a morte', Bob Dylan disse uma vez. Concordo. Plenamente.

Mas morreremos mesmo, pelo menos que seja com banda que regurgitam algo tão legal quanto o que ocorreu na Inglaterra em qualquer época da história do Pop. 

E aqui, vamos direto para o final dos anos oitenta/início dos noventa.

O Virgin Suicide parece saído diretamente de Manchester dos idos de 1990. Mas esse quatro moleques dinamarqueses repassam a limpo o som de Inspiral Carpenters, Bo Riddleys e afins sem nenhuma vergonha. E o resultado é divertidíssimo.

Já saíram em algumas turnês como banda de apoio de Glasvegas e de um dos sobreviventes daquela época, os Charlatans. Pouco material e ótimas melodias.

Morra com estilo. ;-)




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Beach Slang (Philadelphia, USA)

Depois de lançar dois EPs promissores do ano passado, o Beach Slang - liderado por James Alex - continua engarrafando toda a sua angústia, energia e disposição jovial no seu álbum de estréia, The Things We Do To Find People Who Feel Like Us. A urgência de que o título fala ao temperamento tudo-ou-nada da banda, o que embaralha entre as declarações ousadas e auto-afirmações nostálgicas, e faixas como "Young & Alive" e "Noisy Heaven" fornecerm a munição adequada para provar que esses caras tem lenha pra queimar.


Confira a página da banda no Soundcloud


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Andy Shauf (Regina, Saskatchewan, Canadá)

Shauf pertence a essa categoria de música suave, de voz ofegante e extremamente cult. Amores maginais e agridoces. Gente como Elliot Smith e Tobias Jesso Jr.. Sua música é ricamente texturizada,  muitas vezes gravada no porão da casa de seus pais no interior do Canadá. Ele já lançou um par de álbuns por selos locais pequenos e agora, acaba de assinar com o mesmo selo de Tom Waits, Wilco e Neko Case. 

Seu álbum mais recente foi amplamente aclamado online. "Uma coleção apropriada de contos sombrios sobre viciados em drogas em pequenas cidades, amantes assassinas e outros perdedores cansados", disse um blog, deixando de mencionar que, apesar dos personagens, a música é exuberantemente linda. Confira;




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Still Parade (Berlin, Alemanha)

O Still Parade é Niklas Kramer, mais uma 'banda-de-um-homem-só'. Seus primeiros lançamentos foram gravadas em estúdios profissionais, bem equipados adequados e com produtores experientes. Então, em 2014, seu pai lhe comprou uma máquina de fita e ele começou a experimentar com sons e técnicas de gravação em seu apartamento em Berlim. Ele logo percebeu que preferia o que  poderia alcançar em seu minúsculo quarto: um som sonhador leve e brilhante, todos os synths  e batidas de tambor woozy, aliada a belas melodias pop. Os resultados são impressionantes: 'Concrete Vision', seu álbum a ser lançado em junho, mostra toda a gama de suas habilidades em uma variedade de instrumentos, nomeadamente teclados,  a produção inventiva e seu caminho com um vocal sussurrante. Todd Rundgreen meets Tame Impala e Toro Y Moi. Há um precedente comercial aqui. Na verdade, Kramer - que fez sua estréia norte-americana ao vivo, vai ser trilha de campanha da Victoria Secret. E ainda chamam de Indie...

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Bully (Nashville, Tennessee)

Alicia Bognanno não apenas canta e toca guitarra para esta banda Nashville. Ela também escreve todas as músicas, grava e produz todas elas. Ex-estagiária do grande Steve Albini, tem obsessão pelos ruídos e pela estática. Ela define a banda; Um rugido Punk Rock 90's, áspero e vulnerável. Mudhoney e Nirvana. Grunge com Fuzz.    Lançaram dois singles e um EP até 2014, e a estréia formal veio ano passado, com o impressionante 'Feels Like'. Não deixe fora do seu radar.

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Weaves (Toronto, Canadá)

Os Canadenses do Weaves, nossa aposta da semana, são um cruzamento modernoso entre Pixies, Mudhoney e Pavement. - 'Uau'! Eles têm o poder feroz do primeiro, o barulho do segundo e a singularidade peculiar do último. Sua música tem uma energia louca e quase caricatural. A malícia de Black Francis permeia as palavras de Jasmyn Burke

O primeiro álbum completo da banda, traz uma coleção inacreditável de pérolas barulhentas prontas para um stage dive; Uma das melhores, 'Tick' ​​é uma canção sobre relógios biológicos indefinidos e com um som de guitarra que lembra um inseto zumbindo dentro da sua orelha. 

E é daí pra baixo. Podem confiar ;-)

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Communions (Copenhague, Dinamarca)

Ave! Os Stone Roses voltarão!!!

Bem, essa notícia é verdadeira. Mas se não fosse, tudo bem. Agora nos temos os dinamarqueses do Communions.

Depois de alguns singles, o primeiro EP saiu em 2015 e é claramente influenciado por todo aquele período maravilhoso da música Inglesa. Dos Go-Betweens ao The La's. De Blur a Primal Scream. E claro, Stone Roses e Happy Mondays. Talvez, com uma melancolia oitentista mais latente.

Confira o vídeo para 'Forget It's a Dream'

  

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https://www.facebook.com/Communions/#



Diet Cig (New Platz, Nova Zelândia)

Diet Cig deixa tudo escancarado; O bom, o mau, o feio e todos os outros traços psicológicos da vocalista Alex Luciano. O duo neozelandês lançou um EP ano passado e alguns vídeos que cabem direitinho nesse revival noventista grunge que temos euforicamente presenciado. 

Melódicos, sensíveis, esporrentos e sujos. Sobrecarregados com uma ingenuidade tocante e sem remorso.

Difícil não se apaixonar. Confira





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Dilly Dally (Toronto, Canadá)

'Dolorido' é uma boa palavra para descrever como você se sente depois de passar por meio álbum da estreia do Dilly Dally. Os uivos de Katie Monks ', cheios de sangue e amargura, suas letras que estalam na alma como um chicote, te levam a uma catarse impressionante para uma banda tão nova.

Sentimentos vulneráveis e alma feita de pedra. Em quase todas as músicas, ela solta um grito de bombardeio que mergulha como uma chama dentro de um poço, iluminando o absurdo de mitificação sexualidade das mulheres ao mesmo tempo, deixando claro como se sente ao carregar esse fardo.

Imperdível. Confira;




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Official website: www.dillydallyband.com/





Daniel Wilson (Ypsilanti, Michigan, USA)

Daniel Wilson foi nomeado um dos 15 músicos para prestarmos atenção pela revista Time, a qual normalmente a música não faz parte do cardápio normal.

Seu mais recente (e terceiro) EP, 'Sinner', é recém-lançado e conta com a produção de Matt Hales, Jimmy Harry e Jimmy Hogarth, que já tiveram seus talentos solicitados por gente díspare, como Madoona, Weeer e Lianne La Havas). Cada um acrescenta brilho as gravações em laptop lo-fi feitas usando um gravador de fita do vintage, herdado de sua mãe.

O single 'Wedding Daze' é sensacional. Um swing sob um refrão com falsete. Letra sacana ("Eu estou casando, mama, se é a última coisa que eu vou fazer"). Uma melodia memorável do tipo que podia, da maneira mais agradável possível, ter avivado qualquer música pop dos últimos 50 anos.

Elegante e clássico. Confira;



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